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Petz e Cobasi anunciam fusão e criam líder no varejo pet

Acordo avalia a criação de um gigante com faturamento de R$ 7 bilhões

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Ações da Petz tem segunda alta após anúncio da fusão (foto: divulgação/Petz)
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Ações da Petz tem segunda alta após anúncio da fusão (foto: divulgação/Petz)

A Petz e Cobasi anunciaram no fim desta quinta-feira (15), a conclusão do acordo definitivo para a fusão das duas gigantes do varejo pet. O acordo cria uma nova líder de mercado com faturamento previsto de R$ 7 bilhões. O acordo, que surpreendeu o mercado pela sua concretização após uma previsão inicial duvidosa, foi bem recebido pelos investidores, refletido em um aumento de 27% nas ações da Petz. 

Detalhes da transação 

O acordo estabelece que os acionistas da Petz terão 52,6% da nova empresa, enquanto os da Cobasi detêm 47,4%. Além disso, a transação inclui o pagamento de R$ 400 milhões em dinheiro aos acionistas da Petz, sendo R$ 270 milhões destinados ao caixa da nova companhia e R$ 130 milhões distribuídos como dividendos antes da conclusão oficial.  

Inicialmente, o acordo preliminar previa uma divisão igualitária de 50% para cada parte, além de um pagamento de R$ 450 milhões em dinheiro. No entanto, ajustes foram feitos para otimizar questões tributárias e maximizar o valor para os acionistas. 

Estrutura e governança  

Com a conclusão da fusão, a Petz será incorporada à Cobasi. A nova estrutura de acionistas inclui a família Nassar como a maior acionista com 42,6%, enquanto Zimerman terá 16,5% ou 24,9% considerando instrumentos financeiros derivativos. A Kinea detém 3,7%, e os 37% restantes estão em free float. 

Além disso, foi acordado um lock-up total para as ações nos primeiros seis meses após a fusão. A nova companhia também concederá uma linha de crédito aos acionistas da Petz interessados em discutir judicialmente a não incidência de Imposto de Renda sobre ganho de capital. 

Sinergias e perspectivas futuras  

A nova gigante do varejo pet espera alcançar sinergias significativas, com ganhos estimados entre R$ 220 milhões e R$ 330 milhões em EBITDA anual. A McKinsey foi contratada para realizar um estudo preliminar sobre esses ganhos de eficiência. As sinergias incluem a racionalização da expansão de lojas, melhorias nas negociações comerciais e aumento da produtividade, destacando a operação da marca Seres, de medicina veterinária da Petz. 

A previsão é que 85% das sinergias sejam alcançadas em até três anos, com benefícios iniciando no segundo semestre de 2025 e início de 2026. A alavancagem da nova empresa está projetada para ficar entre 0,5 e 0,75 vezes. 

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Impacto no mercado e expectativas  

As ações da Petz dispararam 26% no pregão do dia 16, refletindo a positiva recepção do mercado ao anúncio da fusão. De acordo com a Ativa Investimentos, a transação é vista como uma oportunidade para capturar sinergias e criar um dos maiores players do mercado pet no Brasil. No entanto, a incorporação ainda precisa da aprovação do CADE, que pode questionar a presença de ambas as lojas em certas regiões. 

O acordo é considerado positivo para a combinação das empresas, apesar das dificuldades competitivas que a Petz enfrentou recentemente. A integração promete melhorar a experiência dos clientes e fortalecer a posição da nova companhia no mercado.