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Conheça as 22 empresas do Ibovespa que lucraram bilhões no 2º trimestre

22 empresas do Ibovespa alcançaram lucros bilionários no 2º trimestre de 2024, com destaque para Oi, Vale e bancos.
Ibovespa - Vale - Empresas
Vale é uma das empresas que mais lucraram no 2º trimestre de 2024 (Imagem: divulgação/Vale)

No segundo trimestre de deste ano, 22 empresas listadas no Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, atingiram a marca de lucros bilionários, de acordo com um levantamento realizado pela Elos Ayta Consultoria, liderada por Einar Riveiro. Os resultados refletem a força de setores estratégicos como o financeiro, mineração e telecomunicações no cenário econômico brasileiro.

A Oi encabeça a lista com um lucro de R$ 15 bilhões, valor impulsionado por um efeito contábil relacionado à aprovação de seu plano de recuperação judicial. Contudo, esse resultado, embora expressivo, não reflete diretamente uma melhora na liquidez da empresa, mas sim um ajuste no balanço financeiro devido à renegociação de dívidas.

A Vale, por sua vez, aparece em segundo lugar, com um lucro de R$ 14,6 bilhões, impulsionado principalmente pela exportação de minério de ferro. A empresa mantém sua posição como uma das mais lucrativas do país, beneficiando-se da alta demanda global por commodities.

Setor financeiro

O setor financeiro se destacou, com sete das dez empresas mais lucrativas sendo bancos ou seguradoras. O Itaú Unibanco, com um lucro de R$ 9,9 bilhões, e o Banco do Brasil, com R$ 8,9 bilhões, mostram a força do setor, que continua a gerar altos rendimentos mesmo em um cenário de taxas de juros elevadas.

Daniel Moura, especialista em mercado financeiro, observa: “Os bancos no Brasil possuem uma diversidade de fontes de receita, o que lhes permite manter a lucratividade mesmo em períodos de incerteza econômica. Além disso, a alta da Selic favorece o aumento do spread bancário, aumentando os ganhos das instituições.”

Vitor Miziara, analista de investimentos, complementa: “Com a Selic em 10,50% ao ano, os bancos conseguem ampliar seus lucros ao captar recursos a custos mais baixos e repassá-los a taxas maiores para os clientes.”

As 22 empresas com lucros bilionários no Ibovespa

  • Oi (Telecomunicações) – R$ 15,06 bilhões
  • Vale (Mineração e Siderurgia) – R$ 14,592 bilhões
  • Itaú Unibanco (Bancos) – R$ 9,895 bilhões
  • Banco do Brasil (Bancos) – R$ 8,965 bilhões
  • Bradesco (Bancos) – R$ 4,716 bilhões
  • Itaúsa (Bancos) – R$ 3,376 bilhões
  • Santander (Bancos) – R$ 3,247 bilhões
  • BTG Pactual (Bancos) – R$ 2,823 bilhões
  • Ambev (Cervejas e Refrigerantes) – R$ 2,396 bilhões
  • BB Seguridade (Seguros) – R$ 2,143 bilhões
  • Eletrobras (Energia Elétrica) – R$ 1,74 bilhão
  • JBS (Carnes e Derivados) – R$ 1,715 bilhão
  • Cemig (Energia Elétrica) – R$ 1,688 bilhão
  • CSN Mineração (Mineração e Siderurgia) – R$ 1,507 bilhão
  • WEG (Motores e Compressores) – R$ 1,442 bilhão
  • PetroRio (Petróleo) – R$ 1,420 bilhão
  • B3 (Serviços Financeiros) – R$ 1,244 bilhão
  • Telefônica Brasil (Telecomunicações) – R$ 1,222 bilhão
  • Sabesp (Saneamento Básico) – R$ 1,209 bilhão
  • Eneva (Energia Elétrica) – R$ 1,067 bilhão
  • CPFL Energia (Energia Elétrica) – R$ 1,051 bilhão
  • Raízen (Agronegócio) – R$ 1,050 bilhão

 

Resultado financeiro da Oi

O lucro bilionário da Oi, que a coloca no topo do ranking, é majoritariamente fruto de um ajuste contábil decorrente da aprovação de seu plano de recuperação judicial. Esse plano permitiu à empresa renegociar suas dívidas com credores, resultando em um desconto significativo que foi contabilizado como lucro. No entanto, é importante destacar que esse valor não representa um incremento de caixa.

Esse caso exemplifica como elementos contábeis podem influenciar o resultado financeiro de uma empresa sem, necessariamente, refletir sua saúde econômica real.

Setor bancário

Os bancos brasileiros continuam sendo os grandes vencedores em termos de lucratividade, e isso não é por acaso. Com a Selic elevada, os bancos aumentam seus lucros por meio do spread bancário, que é a diferença entre o custo de captação e o valor dos empréstimos concedidos. Além disso, a diversificação das receitas, que inclui juros sobre empréstimos, taxas de serviço e operações de câmbio, mantém a lucratividade do setor em alta.

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