O Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco privado do Brasil, anunciou a emissão de Letras Financeiras (LFs) Subordinadas Nível 2, totalizando R$ 3,1 bilhões. Essa emissão foi realizada por meio de operações privadas direcionadas a investidores profissionais, demonstrando o contínuo interesse do mercado pelos produtos financeiros oferecidos pela instituição.
Detalhes da emissão
As Letras Financeiras emitidas têm vencimento previsto para 2034, com a possibilidade de recompra a partir de 2029, desde que previamente autorizada pelo Banco Central do Brasil. Esse tipo de instrumento financeiro, por ser subordinado, é considerado um investimento de maior risco, já que, em caso de liquidação da instituição, os detentores dessas LFs serão pagos somente após a quitação das dívidas de maior prioridade.
A decisão do Itaú Unibanco de realizar essa emissão está alinhada com sua estratégia de gestão de capital, garantindo a manutenção de um perfil de risco adequado, ao mesmo tempo em que oferece retornos atrativos para investidores qualificados.
Rebaixamento de recomendação
Em paralelo a essa emissão, as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) sofreram um impacto negativo após o UBS BB rebaixar sua recomendação para “neutra“. Na última quinta-feira (22), os analistas do UBS BB justificaram o rebaixamento apontando o valuation elevado e um potencial de valorização limitado para a ação. O preço-alvo foi mantido em R$ 42,00, refletindo a perspectiva de um retorno total de 21% até o final de 2025.
Impacto no mercado
Por volta das 12h15 (horário de Brasília) da sexta-feira, as ações preferenciais do Itaú Unibanco caíam 1,48%, sendo negociadas a R$ 36,57. Mesmo com essa queda, o papel registra uma valorização acumulada de cerca de 13% no ano, e 8% no mês. Na semana passada, a ação chegou a alcançar um pico histórico intradia de R$ 37,49.
Perspectivas e análise
Segundo os analistas Thiago Batista e sua equipe, o Itaú está sendo negociado a um múltiplo de P/VPA (preço sobre valor patrimonial por ação) de 2 vezes para 2024, um dos níveis mais altos dos últimos anos. Isso indica que, apesar da robustez do banco, há uma limitação no potencial de valorização da ação.
A equipe de análise projeta que a maior parte do retorno esperado para os acionistas virá dos dividendos, com um yield estimado de 16%. No entanto, eles também destacam que a valorização do capital será provavelmente modesta, sem expectativa de um “re-rating” significativo no curto prazo.
