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Ações da Temu caem 28% e empresa perde R$ 300 bi de valor de mercado

Dow Jones - Índice - Bolsa Valores - Ações - Estados Unidos - EUA - Nasdaq e S&P 500 - Nova York - Bolsas de valores - Ações - Temu - Bilhões
Bolsa de valores do Estados Unidos (Imagem: Sergei Tokmakov/Pixabay)
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Bolsa de valores do Estados Unidos (Imagem: Sergei Tokmakov/Pixabay)

As ações da PDD Holdings, empresa controladora da Temu, despencaram mais uma vez nesta terça-feira (27). A crise já eliminou quase US$ 55 bilhões (R$ 302 bilhões) de seu valor de mercado. O declínio de mais de 28% nas ações segue uma queda de mais de 30% no dia anterior, provocada por um resultado trimestral abaixo do esperado. Além disso, houve declarações desanimadoras da liderança da empresa.

A PDD Holdings, que foi listada na bolsa dos Estados Unidos em 2018, não apenas controla a Temu, mas também a Pinduoduo. Esta última é uma plataforma de comércio eletrônico voltada para o público de descontos na China. Segundo Chen Lei, copresidente executivo da PDD, a empresa enfrenta uma série de novos desafios, desde a mudança nos padrões de consumo até a crescente competição.

Estamos vendo muitos novos desafios pela frente, desde a mudança na demanda dos consumidores, a intensificação da concorrência e as incertezas no mundo”, afirmou Chen em conversa com analistas após a divulgação dos resultados.

Ele também destacou que a empresa entrará em uma nova fase de desenvolvimento, o que exigirá investimentos maiores e afetará o lucro da empresa.

A forte concorrência de gigantes como Alibaba e JD.com, que também adotaram estratégias agressivas de descontos, ampliou a pressão sobre a PDD. Isso fez com que as expectativas para o futuro da empresa se tornassem mais sombrias, resultando na queda acentuada de suas ações.

Jun Liu, vice-presidente de finanças da PDD, comentou que “o crescimento da receita inevitavelmente enfrentará pressão devido à intensificação da concorrência e aos desafios externos”.

Análise

Analistas de mercado, como os da Huatai Securities, têm apontado que a concorrência, particularmente com o Alibaba, tornou-se ainda mais acirrada, o que contribuiu para o cenário pessimista da PDD. Kenneth Fong, analista do UBS, observou que, apesar do forte desempenho da Pinduoduo, o tom cauteloso dos executivos da empresa gerou incerteza entre os investidores.

“Os investidores não têm certeza se a Pinduoduo vê o que nós não vemos ou se é excessivamente conservadora em um ambiente macro incerto”, disse Kenneth Fong.

Além disso, Vinci Zhang, analista da M Science, reforçou que a visão dos gestores da PDD parecia “muito pessimista”. Ele destacou que, apesar da desaceleração nos gastos dos consumidores, havia a expectativa de que a PDD pudesse capitalizar esse comportamento, o que não se concretizou.

“Sabemos que há uma desaceleração nos gastos dos consumidores, mas havia a esperança de que talvez a PDD, por ter uma plataforma de produtos econômicos com ofertas mais baratas, pudesse capturar essa desaceleração, mas acontece que eles também estão perdendo”, acrescentou Vinci Zhang

O desempenho financeiro da PDD no segundo trimestre também ficou abaixo das expectativas. A empresa reportou uma receita de US$ 13,64 bilhões (R$ 71,5 bilhões), abaixo da estimativa de US$ 14 bilhões (R$ 77 bilhões). As despesas operacionais aumentaram 48%, refletindo os esforços da empresa em marketing e promoções para atrair consumidores. No entanto, não foi suficiente para evitar a queda das ações.