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Ibovespa tem baixa de 0,03% no último pregão de agosto

Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

Após uma semana marcada por novos recordes, o Ibovespa perdeu força no último pregão de agosto, fechando em baixa de 0,03%, aos 136.004,01 pontos. Apesar do desempenho negativo nesta sexta-feira, o índice acumulou uma alta de 0,29% na semana e um ganho de 6,52% no mês.

O dólar à vista também foi destaque, encerrando a sessão cotado a R$ 5,6350, com alta de 0,21%. A valorização da moeda norte-americana foi limitada por duas intervenções do Banco Central, que visaram conter a volatilidade no mercado de câmbio. Nos últimos cinco pregões, o dólar registrou uma alta acumulada de 2,84%.

Declarações importantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, influenciaram as oscilações do mercado. Lula enfatizou que o futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, terá liberdade para ajustar os juros, mas ressaltou que qualquer movimento deve ser justificado de maneira clara. “O Banco Central não deve apenas controlar os juros, mas também ter uma meta de crescimento para o país”, afirmou o presidente.

Roberto Campos Neto reafirmou que o BC está comprometido em atingir a meta de inflação de 3% em 2024 e sinalizou que fará qualquer ajuste na Selic de forma gradual. Essa postura gerou incerteza entre os investidores em relação à próxima reunião do Copom, em setembro

Além das falas de Lula e Roberto Campos Neto, os mercados também reagiram a novos dados econômicos. O setor público consolidado reportou um déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho, um resultado que ficou abaixo das expectativas do mercado. Por outro lado, a taxa de desemprego permaneceu estável em 6,8% nos três meses até julho, marcando o menor nível para o período desde o início da série histórica, em 2012, e reforçando a resiliência do mercado de trabalho.

Altas e baixas do Ibovespa

No mercado de ações do Ibovespa, os papéis da Azul (AZUL4) continuaram em queda, após uma desvalorização de 23,45% na véspera, motivada por especulações sobre um possível pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. As ações da Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) também fecharam em baixa, refletindo a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro.

O setor bancário registrou perdas em bloco. O mercado adotou uma postura cautelosa em relação ao cenário macroeconômico, contribuindo para o ajuste típico do fim do mês. Em contrapartida, o setor elétrico se destacou, com ações de empresas como Engie (EGIE3) e Taesa (TAEE11) entre as maiores altas do dia, devido à sua reputação de estabilidade.

Em agosto, o IRB Re (IRBR3) se destacou, liderando os ganhos do mês com uma valorização superior a 65%. Por outro lado, a Azul (AZUL4) registrou as maiores perdas do período. Com o encerramento de agosto, o mercado agora se volta para as expectativas do próximo mês, focando na reunião do Copom e nos possíveis impactos do feriado nos Estados Unidos sobre o mercado global.