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Azul dispara 22,52% com possível acordo para quitar dívidas

As ações da Azul subiram 22,52% após rumores de acordo com arrendadores, com foco na quitação de US$ 600 milhões em dívidas por meio de ações.
Azul Linhas Aéreas - Azul e Gol
(Imagem: divulgação/Azul Linhas Aéreas)

As ações da Azul fecharam a sexta-feira (13) com alta de 22,52%, cotadas a R$ 4,95, liderando o Ibovespa, a bolsa de valores do Brasil. A valorização ocorreu em um cenário favorável, com o dólar recuando cerca de 1% no pregão. De acordo com a Reuters, a companhia aérea está próxima de firmar um novo acordo com arrendadores de aeronaves, com a proposta da Azul é de quitar cerca de US$ 600 milhões em dívidas por meio da emissão de ações.

A Azul tem enfrentado um período difícil desde agosto, quando reportagens apontaram que a empresa poderia entrar em recuperação judicial nos Estados Unidos. Na época, a notícia levou a uma queda de mais de 40% no valor de suas ações, aumentando as preocupações do mercado em relação à sua saúde financeira. Apesar dos rumores, a companhia tem afirmado que negocia diretamente com seus credores.

Negociações avançadas com credores

O novo acordo, que pode ser fechado em breve, está sendo tratado como uma reestruturação extrajudicial. “Há um momentum favorável para uma solução extrajudicial bem-sucedida”, afirmou uma das fontes próximas às negociações. A Azul e seus arrendadores se reuniram nas últimas semanas em Nova York, onde avançaram nas tratativas para resolver o endividamento da empresa.

Uma das soluções discutidas envolve a oferta de ações da Azul para os credores, o que lhes daria uma participação de cerca de 20% na companhia. A proposta tem como objetivo aliviar a pressão financeira e evitar uma recuperação judicial formal, como o processo de Chapter 11.

A Azul se mantém fora do Chapter 11

Diferente de várias companhias aéreas da América Latina, como Aeromexico, Avianca, LATAM e Gol, que entraram com pedidos de recuperação judicial após a pandemia, a Azul tem conseguido evitar esse caminho. Em 2023, a empresa já havia fechado um acordo com arrendadores, emitindo US$ 570 milhões em ações preferenciais. Além disso, a empresa alongou os prazos de pagamento das dívidas para levantar capital.

Contudo, mesmo com esses esforços, as ações da Azul caíram mais de 70% no acumulado do ano. A empresa enfrenta não apenas os desafios de uma taxa de câmbio desfavorável, mas também os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram suas operações em Porto Alegre, uma de suas bases mais importantes.

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