Publicidade

Quais ações da B3 mais retornam dividendos aos investidores?

Ibovespa - B3 - Dividendos - Acionistas
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - B3 - Dividendos - Acionistas
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

A Petrobras (PETR3, PETR4) e o Banco do Brasil (BBAS3) se destacaram como as duas empresas que mais distribuíram dividendos aos acionistas nos últimos 12 meses. Isso ocorreu de acordo com o dividend yield, indicador que mede o retorno de uma ação a partir dos dividendos pagos. Nesta matéria, você vai conferir quais as empresas da B3 que mais retornam dividendos aos investidores.

Essas informações foram divulgadas em um estudo realizado por Einar Rivero, CEO da consultoria Elos Ayta, exclusivo para o InfoMoney. A pesquisa analisou 18 empresas listadas na B3 com valor de mercado superior a R$ 50 bilhões, tendo como data base a última segunda-feira (16).

A Petrobras, que voltou ao ranking mundial de pagadoras de dividendos e foi a maior distribuidora de proventos em agosto. Sendo assim, a empresa apresentou um dividend yield de 18,79% no período analisado. Já o Banco do Brasil, que pode encerrar o ano como o maior pagador de dividendos entre os bancos, registrou um retorno de 10,59%.

Nos primeiros seis meses de 2024, a Petrobras pagou R$ 55,65 bilhões em dividendos aos seus acionistas. No mesmo período, o Banco do Brasil destinou R$ 7,4 bilhões de seu lucro líquido aos investidores, segundo dados da plataforma Meu Dividendo.

Reinvestimento de dividendos maximiza retorno

Apesar de Petrobras e do Banco do Brasil serem os maiores pagadores de dividendos, quando o foco é o retorno das ações com reinvestimento dos dividendos, o destaque vai para outras empresas. No estudo da Elos Ayta, as líderes em retorno com reinvestimento foram a JBS (JBSS3) e a Sabesp (SBSP3).

O reinvestimento é uma estratégia na qual os investidores utilizam os dividendos recebidos para adquirir mais ações da mesma empresa. Dessa forma, eles aumentam sua posição acionária e potencializam os ganhos com o efeito dos juros compostos.

A JBS apresentou um retorno de 87,36% no último ano com reinvestimento, em comparação aos 77,54% sem essa prática. Já a Sabesp, que passou por um processo de privatização em julho, teve um retorno de 63,63% com o reinvestimento dos dividendos, contra 60,78% sem essa estratégia.

Diferença no crescimento do capital

Para o analista Eduardo Rahal, da Levante Inside Corp, o reinvestimento de dividendos é uma forma eficiente de ampliar o retorno no longo prazo. “Não reinvestir os dividendos limita o crescimento do capital, reduzindo o impacto dos juros compostos e, consequentemente, o potencial de valorização da carteira”, afirmou.

Essa diferença pode ser observada nas ações da Petrobras, que, nos últimos 12 meses, apresentaram uma valorização de 9,80% para os acionistas que optaram por sacar os proventos. Já aqueles que reinvestiram os dividendos obtiveram um retorno de 29,41%, mais que o triplo.

Estudo mostra impacto do reinvestimento na Petrobras

A XP revelou em um estudo publicado em maio deste ano que os investidores que reinvestiram os dividendos das ações preferenciais da Petrobras acumularam um retorno de 362%. No entanto, os que não reinvestiram alcançaram um retorno de 51% no mesmo período.

Empresas com retorno negativo sem reinvestimento

Por outro lado, algumas empresas da B3 viram seus retornos de 12 meses ficarem no negativo para aqueles que não reinvestiram os dividendos. Entre elas estão a Vale (VALE3), a B3 (B3SA3) e a Ambev (ABEV3), que registraram quedas de 15,88%, 7,88% e 4,17%, respectivamente.

Esse cenário reforça a importância do reinvestimento de dividendos para maximizar o retorno dos investidores e garantir o crescimento sustentável de suas carteiras ao longo do tempo.

Confira as empresas do B3 que mais retornam em dividendos aos investidores