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Você realmente sabe como separar finanças pessoais e empresariais? – Por Jackson Pereira Jr.

Por Jackson Pereira Jr., empreendedor, diretor do BNTI, fundador Economic News Brasil.
Por Jackson Pereira Jr., empreendedor, diretor do BNTI, fundador Economic News Brasil.
Por Jackson Pereira Jr., empreendedor, diretor do BNTI, fundador Economic News Brasil.
Por Jackson Pereira Jr., empreendedor, diretor do BNTI, fundador Economic News Brasil.

Separar finanças pessoais e empresariais é um dos fundamentos mais importantes para a saúde de qualquer negócio. Mesmo sendo uma prática vital, muitos empresários ainda confundem suas contas pessoais com as da empresa, o que pode comprometer ambos. Se você sente que está no controle, vale a reflexão: você sabe de fato como fazer essa separação de maneira eficaz?

O Perigo de Misturar Contas

Um erro comum, especialmente entre donos de pequenos negócios, é utilizar os recursos da empresa para cobrir despesas pessoais. Isso geralmente ocorre em momentos de crise ou diante de gastos inesperados. No entanto, essa prática pode rapidamente gerar uma visão distorcida das finanças, prejudicando a tomada de decisões importantes.

Manter finanças pessoais e empresariais separadas é essencial para garantir o controle sobre o fluxo de caixa. Uma gestão financeira clara permite ao empresário saber quanto há disponível para investimentos e para cobrir despesas. Quando essa separação não ocorre, o risco de perder o controle sobre as finanças aumenta, resultando em problemas como falta de capital para cumprir obrigações.

A Importância de Ter uma Reserva Financeira

Muitos acreditam que o controle detalhado de receitas e despesas é algo reservado para grandes empresas. Esse é um grande equívoco. Independentemente do tamanho do negócio, todos os empresários precisam manter um rigoroso controle financeiro e estar preparados para períodos difíceis.

Você já se perguntou o que faria se perdesse seus principais clientes de um dia para o outro? Teria uma reserva financeira para cobrir os custos da empresa até se reestruturar? Se a resposta for negativa, é hora de rever sua estratégia. Uma reserva capaz de cobrir entre três e seis meses de despesas operacionais pode ser a chave para a sobrevivência em tempos de crise.

Cartões Corporativos: Uso Adequado

Um erro frequente é o uso indevido de cartões de crédito corporativos para cobrir gastos pessoais. Muitos empresários acabam utilizando o cartão da empresa como se fosse pessoal, o que pode gerar uma confusão financeira perigosa. Sem o controle adequado dessas transações, o capital de giro da empresa pode ser comprometido sem que o empresário perceba.

Além disso, é fundamental o uso correto do cartão corporativo. Utilizar o crédito da empresa para compras pessoais, sem um registro formal, desestabiliza o fluxo de caixa e prejudica a saúde financeira a longo prazo.

O cartão corporativo deve ser utilizado exclusivamente para despesas da empresa, enquanto gastos pessoais precisam ser pagos com recursos próprios.

A Gestão de Várias Empresas

Empresários que gerenciam vários negócios frequentemente utilizam o lucro de uma empresa para cobrir prejuízos de outra. Muitas vezes, esses empréstimos internos não são formalizados. Essa prática pode trazer complicações contábeis e fiscais no futuro, além de prejudicar a saúde financeira das empresas envolvidas. Sem o registro adequado, a gestão financeira fica vulnerável, dificultando o controle do fluxo de caixa e das responsabilidades de cada negócio. É essencial que tais transações sejam documentadas e monitoradas para evitar problemas legais e garantir a sustentabilidade das operações. Isso pode criar uma confusão financeira, dificultando a identificação de quando e como esses recursos serão restituídos.

Pense da seguinte maneira: se você emprestasse dinheiro a um amigo, esqueceria de cobrar o valor no prazo combinado ou manteria o controle para garantir que ele pagasse? O mesmo cuidado deve ser aplicado entre empresas. Contabilizar esses empréstimos é essencial para manter uma visão clara e organizada das finanças de cada empreendimento, permitindo decisões mais assertiva e informadas.

Atualização Constante do Fluxo de Caixa

Atualizar o fluxo de caixa apenas uma vez ao mês pode gerar surpresas desagradáveis. Manter um controle diário das entradas e saídas é essencial para uma gestão financeira eficiente. Isso certamente ajudará a identificar o melhor momento para buscar crédito, investir ou cortar despesas.

Ao não atualizar o fluxo de caixa regularmente, o empresário corre o risco de contrair dívidas desnecessárias ou fazer gastos que poderiam ser evitados. O controle frequente das finanças permite antecipar problemas e ajustar as estratégias a tempo.

Registre Apenas o Que Foi Recebido

Outro erro comum é registrar no fluxo de caixa valores que ainda não foram recebidos. Vendas a prazo devem ser contabilizadas apenas quando o pagamento for efetivamente realizado. Isso evita uma falsa sensação de segurança e garante que os recursos disponíveis estejam corretamente contabilizados. Inadimplências ou cancelamentos de pedidos devem estar no radar de qualquer gestor financeiro.

Esse erro é especialmente perigoso em momentos de crise. Contar com receitas ainda não recebidas pode comprometer a capacidade da empresa de honrar suas obrigações.

Controle e Equilíbrio: Essenciais para o Sucesso

Tanto nas finanças pessoais quanto nas empresariais, o controle é essencial. Manter uma separação clara entre as duas é fundamental para a sobrevivência do negócio. Um fluxo de caixa bem organizado proporciona uma visão clara das finanças e permite ao empresário planejar o crescimento de forma sustentável.

Com práticas financeiras rigorosas, o empresário estará mais preparado para enfrentar crises e aproveitar novas oportunidades.

Independente do porte da sua empresa, trate-a como se fosse de capital aberto e tivesse que prestar contas a um sócio investidor. Ao considerar uma despesa fora do planejamento, não aja por impulso. Respire fundo e pergunte a si mesmo: Posso? E responda: Mas não devo. Agindo assim, tudo dará certo.

Então, você realmente sabe como separar as finanças pessoais das empresariais?

Espero que tenha gostado desse mais novo artigo. E se fizer sentido, compartilhe com pessoas que possa se interessar pelo tema tratado.

Até o próximo!

*Artigo de Opinião Por Jackson Pereira Jr.diretor do BNTI, diretor-geral e co-fundador da Rede Participar Brasil de Tecnologia e CEO fundador dos portais Economic News Brasil e Boa Notícia Brasil.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal.