Nesta segunda-feira (23/9), a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) comunicou que a venda de títulos por meio do programa Tesouro Direto estará suspensa nesta terça-feira (24/9) em razão da greve dos servidores públicos do órgão. Segundo informou a STN, a paralisação do corpo de funcionários impede a realização de operações de venda de títulos, prejudicando pessoas físicas e jurídicas que querem investir em papéis da dívida do governo federal a partir do programa.
Ainda de acordo com o comunicado das da STN, mesmo que o Tesouro Nacional tentasse manter as operações, elas sofreriam limitações de ordem técnica, como processamento de compras no Tesouro Direto, em função da ampla adesão ao movimento grevista por parte dos servidores da casa. Portanto, todos os agendamentos programados para o dia 24 deste mês serão automaticamente cancelados. No entanto, a Secretaria do Tesouro nacional recomenda que os investidores reagendem as operações para a partir de quarta-feira (25). Nesta data, o Tesouro Direto deverá voltar a operar normalmente.
Posso resgatar meu títulos no Tesouro Direto?
A despeito da paralisação de servidores marcada para terça-feira (24), a STN informa que operações de regaste de títulos e agendamento destes estarão à disposição do investidor. “Os investidores poderão resgatar seus investimentos normalmente no Programa, caso desejem”, esclarece trecho da nota do Tesouro Direto.
Por que os servidores públicos do Tesouro estão em greve?
A suspensão do Tesouro Direto acontece nesta terça (24). Contudo, o movimento de greve dos servidores públicos da STN entrou na sétima semana consecutiva. A razão para tamanha insatisfação é de ordem financeira. A categoria pode não estar contemplada entre as carreiras que receberão reajusta salarial em 2025. Inclusive, o governo já encaminhou projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025 ao Congresso Nacional. Mas os servidores da STN não estão no rol de beneficiados por investimentos relacionados ao Tesouro Direto.
O governo federal, por sua vez, tem privilegiado carreiras que estão há mais tempo sem reajustes ou que recebem uma remuneração menor. Essa escolha se dá por causa das restrições orçamentárias que o governo enfrenta para cumpri a meta fiscal de déficit zero.
