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A confiança da indústria brasileira caiu em setembro, diz FGV

Indústria Automotiva - asiáticas - Produção Industrial - confiança na indústria
(Imagem: Cadu Gomes/VPR)
Indústria Automotiva - asiáticas - Produção Industrial - confiança na indústria
(Imagem: Cadu Gomes/VPR)

A confiança da indústria brasileira voltou a cair em setembro, a primeira queda desde março deste ano. Essa retração é uma piora tanto na percepção da situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,2 ponto em comparação ao mês anterior, atingindo 100,5 pontos, segundo os dados da FGV.

De acordo com Stéfano Pacini, economista da FGV/Ibre, “a confiança da indústria registrou, em setembro, sua segunda queda no ano de 2024. O resultado possui um caráter compensatório num ano caracterizado por melhorias na demanda e redução dos estoques, mas acende um alerta para os próximos meses.”

O que causou a queda na confiança da indústria do Brasil?

A queda no ICI foi impulsionada principalmente pelo Índice de Expectativas (IE), que reflete as perspectivas para os próximos meses. O indicador recuou 1,7 ponto, atingindo 98,1 pontos, após dois meses consecutivos de alta. O principal fator negativo foi o indicador que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses, que registrou uma queda de 3,5 pontos, alcançando 97,6 pontos, interrompendo uma sequência de seis aumentos consecutivos.

Além disso, o Índice de Situação Atual (ISA), que avalia o sentimento dos empresários em relação ao presente do setor industrial, também apresentou baixa. O índice caiu 0,6 ponto em setembro e chegando a 103,0 pontos. Isso se soma à queda de 0,1 ponto do mês anterior, diminuindo uma percepção mais cautelosa entre os empresários.

Reflexos no setor industrial

Em setembro, houve uma queda na confiança em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados. Essa redução está associada ao cenário macroeconômico, onde a taxa de juros voltou a subir para conter a pressão de custos, num ambiente em que os indicadores de emprego e renda permaneceram positivos.

 “Essa alteração na conjuntura econômica pode refletir cautela nas perspectivas dos empresários sobre o ambiente de negócios nos próximos meses”, acrescentou  Stéfano Pacini da FGV.