Durante o evento Agenda ESG 2024, realizado nesta terça-feira (25) pelo Grupo Tribuna, lideranças empresariais, especialistas e ambientalistas se reuniram para discutir estratégias e soluções voltadas à sustentabilidade e ao combate às mudanças climáticas.
Com o tema Rumo à Agenda ESG 2030, o evento focou em temas como preservação dos oceanos, descarbonização das empresas e o uso de tecnologias para reduzir os impactos ambientais no Brasil e no mundo. Neste contexto, a Agenda ESG 2024 tem um papel crucial na definição dessas estratégias.
Um dos destaques foi o relato de Heloisa Schurmann, navegadora e ambientalista, que compartilhou as experiências de sua família em quatro décadas de navegação. Heloisa apresentou o projeto Voz dos Oceanos, uma iniciativa voltada para o combate à poluição plástica nos mares.
Voz dos Oceanos: conscientização e ação para salvar os mares na Agenda ESG 2024
O projeto Voz dos Oceanos tem atuado de maneira ampla, realizando expedições para mapear a poluição marinha e desenvolvendo programas educacionais e científicos. Esses esforços têm como objetivo conscientizar a população global sobre a crise ambiental e propor soluções concretas para a redução de plásticos nos mares.
Heloisa destacou que os oceanos desempenham um papel fundamental na regulação do clima e são essenciais para a produção de oxigênio no planeta. “Os oceanos estão sendo destruídos rapidamente e isso impacta diretamente a vida de todos nós. Precisamos proteger nossos mares, que são a chave para um futuro sustentável”, afirmou.
Inovação tecnológica e compromissos da Agenda ESG 2024
O evento também trouxe à tona o papel das tecnologias no combate às mudanças climáticas. Otacilio do Nascimento, gerente de comunicação da Toyota, apresentou os avanços da empresa no desenvolvimento de carros movidos a hidrogênio e híbridos flex, que prometem reduzir as emissões de carbono. No entanto, ele também apontou os desafios que o Brasil enfrenta em termos de infraestrutura para suportar essa transição. “Estamos comprometidos com a redução do carbono, mas é necessário um avanço na criação de redes de recarga e maior acessibilidade dessas tecnologias para o consumidor”, disse Otacilio durante a Agenda ESG 2024.
Outro destaque foi o conceito de tecnologia solar flutuante, apresentado por Jose Luiz Wald, Diretor Financeiro da KWP. Essa tecnologia, além de preservar o solo, permite um aumento de 15% na produção de energia em comparação com usinas solares convencionais.
Empresas e descarbonização: Santos Brasil e o plano para 2040
Béatrice de Toledo Dupuy, gerente-executiva de Sustentabilidade da Santos Brasil, compartilhou o compromisso da empresa com a descarbonização total de suas operações até 2040. Ela destacou que o plano da Santos Brasil inclui a preparação dos portos para receber navios elétricos e o uso de energias renováveis em suas operações. “A sustentabilidade não é apenas uma meta para nós, é uma responsabilidade compartilhada com nossos clientes e fornecedores”, enfatizou Béatrice.
Desafios da eletrificação nas rodovias brasileiras
No setor de transportes, as rodovias brasileiras enfrentam desafios significativos em sua transição para uma economia de baixo carbono. Moisés Basilio, gerente de sustentabilidade da Ecovias, destacou que, embora a instalação de carregadores elétricos nas rodovias já tenha começado, a infraestrutura ainda não é adequada para sustentar a crescente demanda por veículos elétricos. “Precisamos garantir que os carregadores sejam de carga rápida e distribuídos em pontos estratégicos para suportar o aumento da frota elétrica no Brasil”, afirmou Moisés. Esse progresso será vital para o cumprimento de metas estabelecidas na Agenda ESG 2024.
