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Confiança do comércio avança 1,1 ponto em setembro, diz FGV

Confiança do comércio
(Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil)
Confiança do comércio
(Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) registrou um avanço de 1,1 ponto em setembro, atingindo 90,2 pontos, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (27). O resultado surge após uma queda de 1,8 ponto em agosto. Na análise das médias móveis trimestrais, o indicador se manteve estável em 90,1 pontos, sinalizando a instabilidade do cenário econômico atual.

Geórgia Veloso, economista da FGV/Ibre, ressalta que a confiança no comércio tem oscilado nos últimos meses devido às incertezas quanto ao futuro.

“O índice de expectativas tem variado de forma assustadora, enquanto o índice de situação atual, que sofreu uma queda acentuada em maio após o desastre ambiental ocorrido no Rio Grande do Sul, vem se recuperando gradualmente, retornando ao nível observado em março deste ano”, afirmou a economista.

A situação do quarto trimestre 

Apesar do afrouxamento de juros desde 2023, as taxas de juros em alta e o endividamento das famílias continuam sendo obstáculos para um aquecimento do varejo, especialmente no quarto trimestre, período tradicionalmente impulsionado por dados como a Black Friday e o Natal.

Em setembro, três dos seis principais segmentos do comércio registraram aumento na confiança. O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 1,0 ponto, atingindo 88,0 pontos. No entanto, os componentes do índice tiveram desempenhos diversos: enquanto a avaliação das expectativas para os próximos seis meses cresceu 2,4 pontos, para 91,6 pontos, as perspectivas de vendas para os próximos três meses avançaram em queda, saindo 0,4 ponto para 84,7 pontos. É o menor patamar desde fevereiro de 2023.

De forma semelhante, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 1,1 ponto, chegando a 93,0 pontos. Houve uma variação positiva de 4,2 pontos na avaliação da situação atual dos negócios, alcançando 95,4 pontos – o nível mais elevado desde abril deste ano. No entanto, o indicador referente ao volume de demanda atual recuou 1,9 ponto, para 90,8 pontos, revertendo parte do ganho registrado no mês anterior.