A partir de segunda-feira (30), o Google só aceitará anúncios de companhias de apostas virtuais (bets) registradas no Ministério da Fazenda. A plataforma atualizou, nesta sexta-feira (27), a política de anúncios para jogos de azar no Brasil. A decisão segue a regulamentação do governo federal, buscando restringir atividades de apostas ilegais no país.
Com essa mudança, o Google adapta-se à nova portaria do Ministério da Fazenda. A portaria determinará a suspensão das bets que não solicitaram autorização para atuar no país a partir de 1º de outubro. Já as companhias que fizeram o pedido até o final de setembro, mas ainda não operavam no Brasil, precisarão aguardar até janeiro do próximo ano para iniciar suas atividades, caso recebam a liberação.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a suspensão das bets sem autorização funcionará como um mecanismo temporário para separar empresas que operam de forma séria das que agem de maneira criminosa. A decisão ocorre em um cenário de recentes operações policiais, o que impulsionou a regulamentação.
Nos últimos dias, as apostas online estão em foco após um relatório do Banco Central revelar que beneficiários do programa Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em bets apenas no mês de agosto. Esse valor representa 21,25% dos R$ 14,12 bilhões que o governo destinou ao programa social no mesmo período.
Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou ações imediatas. Essas ações devem envolver todos os ministérios responsáveis pela regulamentação das apostas eletrônicas. A proposta do governo para a regulamentação das bets é para combater a lavagem de dinheiro e o endividamento das famílias por meio dessas atividades.
