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Ibovespa fecha a semana em queda, mas acumula alta na semana

Ibovespa - B3 - Dividendos - Acionistas
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - B3 - Dividendos - Acionistas
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a última sessão da semana em queda de 0,21%, situando-se em 132.730,36 pontos. Apesar do desempenho negativo nesta sexta-feira (27), o índice acumulou uma alta de 1,28% ao longo da semana, impulsionado por eventos no cenário econômico nacional e internacional.

Cenário econômico e Impactos no mercado

A semana foi marcada por uma variedade de dados econômicos tanto no Brasil quanto no exterior. No mercado doméstico, os investidores repercutiram os mais recentes números do mercado de trabalho. O IBGE informou que a taxa de desemprego ficou em 6,6% no trimestre encerrado em agosto. 

O resultado foi melhor do que as expectativas do mercado e é o menor nível registrado para trimestres até agosto na série histórica. O país também criou 232.513 vagas de emprego em agosto, número inferior ao esperado, mas que reforça a melhoria gradual no cenário trabalhista brasileiro.

O dólar à vista (USDBRL) também chamou a atenção, fechando a sexta-feira em R$ 5,4361, uma queda de 0,16%. Ao longo da semana, a moeda norte-americana acumulou uma redução de 1,54%, refletindo o apetite por ativos de risco em meio ao cenário global.

Declarações do Banco Central

Durante a semana, o mercado acompanhou de perto as declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, que afirmou que alcançar a meta contínua de inflação é “plenamente factível”. Segundo ele, “no passado, a meta também era diferente, a meta não era de 3%. Então, as expectativas estavam em outro nível, porque a meta estava em outro nível.”

Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou que, embora a inflação no Brasil tenha mostrado “alguma melhora”, ainda há incerteza sobre seus componentes. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a “inflação do aluguel”, apresentou uma alta de 0,62% em setembro, superando as expectativas do mercado.

Destaques do Ibovespa

Na movimentação dos ativos no Ibovespa, a Azul (AZUL4) voltou a operar em alta com expectativas positivas sobre as negociações com arrendadores de aviões. Porém, o grande destaque do dia foi a SLC Agrícola (SLCE3), que registrou uma valorização de mais de 6%, após divulgar o guidance para a safra 2024/2025. A empresa planeja uma área plantada de 736,9 mil hectares, representando um crescimento de 11,4% em relação à safra anterior.

No setor de mineração e siderurgia, houve uma realização dos ganhos recentes, mesmo com a nova alta no preço do minério de ferro. O Banco Central da China anunciou um corte na taxa de compulsório, estimulando o crescimento econômico. Como resultado, o contrato de janeiro do minério de ferro na Bolsa de Dalian (DCE) da China fechou em alta de 4,38%, a 750 yuans por tonelada, o nível mais alto desde 2 de setembro.

CSN Mineração (CMIN3) liderou as perdas do dia, devolvendo os ganhos recentes. A Vale (VALE3) também encerrou o dia com desempenho negativo, em meio a notícias de que a Cosan (CSAN3) estuda a venda de ativos, incluindo sua participação de 4,1% na mineradora. Por fim, a Petrobras (PETR4;PETR3) seguiu na contramão da alta do petróleo, com o mercado aguardando informações sobre a reunião entre o presidente Lula e a presidente da estatal Magda Chambriard.