Na quarta-feira (02/10), durante o Fórum de Energia Brasil-EUA, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o governo brasileiro tornou pública a ideia de uma parceria com os Estados Unidos e setores da iniciativa privada em prol de geração de energia limpa. Todavia, o debate girou em torno de hubs que dos quais os polos interessados fariam parte.
O que são hubs de energia limpa?
Os hubs (centros de compartilhamento em tradução livre) vão operar com hidrogênio, mas também com os chamados CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage, ou captura, uso e armazenamento de carbono, em tradução livre).
O debate que envolveu o tema energia limpa contou com a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Mas também da secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm. O ministro Silveira, por sinal, afirmou que os Estados Unidos são parceiros essenciais para o Brasil na geração de energia limpa.
“Com essa iniciativa, buscamos desenvolver o conceito de hubs de energia limpa, que funcionarão como centros beneficiados pelas sinergias entre empreendimentos, alcançando escala econômica para impulsionar a descarbonização industrial. A colaboração com o governo americano é crucial para aprendermos com as experiências deles e criarmos uma regulamentação mais assertiva para o CCUS,” destacou.
Expertise americana
O governo brasileiro não esconde que trabalhar com os EUA pode ser benéfico. Afinal de contas, o país tem experiência em energia nuclear, mas está envolvido em assuntos relacionados a fontes de energia limpa.
A secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm, destacou e elogiou a importância da recente aprovação das leis de hidrogênio de baixa emissão e combustível do futuro no Brasil. Ela ressaltou o apoio à implantação de energia limpa e à descarbonização dos setores de petróleo, gás natural e industrial. Além disso, a secretária americana anunciou a cooperação dos Estados Unidos com o programa Energias da Amazônia. Tal iniciativa visa a descarbonizar os sistemas isolados de energia no Brasil.