Na última semana, as forças de Israel eliminaram Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah, em uma operação de alta tecnologia realizada na capital libanesa, Beirute. Esse ataque marca um momento crucial, já que Nasrallah, famoso por suas raras aparições e esquemas complexos de segurança, conseguiu se manter oculto por décadas.
O que torna essa operação um marco foi o uso de tecnologia de espionagem avançada e uma infiltração profunda no Hezbollah, a milícia apoiada pelo Irã. A inteligência israelense utilizou novas armas e técnicas de coleta de dados para localizar Nasrallah, que estava escondido em um bunker subterrâneo utilizado para reuniões secretas com outros líderes do grupo.
Infiltração em redes sensíveis do Hezbollah
De acordo com informações publicadas pelo Financial Times, a operação que resultou na morte de Nasrallah foi, aliás, fruto de uma infiltração na estrutura do Hezbollah. Essa infiltração começou na Síria, onde membros do grupo foram enviados para lutar ao lado do ditador Bashar al-Assad. Para Israel, essa participação no conflito sírio foi uma oportunidade única para coletar dados.
Ao longo do tempo, a inteligência israelense conseguiu reunir informações detalhadas sobre os principais líderes do Hezbollah, graças à análise de dados divulgados publicamente sobre os combatentes mortos.
Tecnologia e espionagem em ação
Israel também investiu em novas tecnologias para monitorar as comunicações do Hezbollah. Espiões israelenses conseguiram hackear dispositivos do grupo, rastreando os movimentos de seus membros, inclusive por meio da invasão de celulares de familiares e esposas.
Além disso, as forças israelenses, por meio de técnicas avançadas, conseguiram obter informações ao monitorar câmeras de vigilância em pontos estratégicos do Líbano e analisar dados dos hodômetros dos veículos usados pelos líderes do Hezbollah.
O ataque ao bunker de Nasrallah
A operação que culminou na morte de Nasrallah foi planejada por meses, segundo o Wall Street Journal. Utilizando bombas de 2 mil libras, projetadas para destruir bunkers, o ataque foi devastador. Uma série de explosões atingiu o bunker de Nasrallah, localizado a cerca de 20 metros de profundidade, derrubando prédios ao redor.
Especialistas em munições, citados pelo New York Times, acreditam que Israel utilizou 80 toneladas de bombas para garantir o sucesso da operação. Os planejadores das explosões desenvolveram a estratégia para perfurar o solo e causar o maior impacto possível nas estruturas subterrâneas.
Consequências para o Hezbollah
Até o momento, o Hezbollah não deu detalhes precisos sobre as circunstâncias da morte de Nasrallah. No entanto, fontes médicas e de segurança no Líbano, segundo informações da Reuters, afirmam que Nasrallah não sofreu ferimentos diretos. Além disso, ele teria morrido devido ao impacto das explosões, com seu corpo sendo recuperado intacto, mas apresentando sinais de traumatismo craniano.
