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Gabriel Galípolo é aprovado pelo Senado para o Banco Central do Brasil

Gabriel Galípolo foi aprovado pelo Senado com 66 votos a favor e apenas 5 contrários para assumir o Banco Central em 2025.
Gabriel Galípolo durante sabatina no Senado Federal
(Imagem: Lula Marques/ Agência Brasil)

O economista Gabriel Galípolo foi aprovado nesta terça-feira (8) pelo Senado Federal para assumir a presidência do Banco Central, recebendo 66 votos específicos e apenas 5 contrários. A votação foi secreta e marcou a aprovação com o menor número de votos contrários para o cargo em 22 anos, consolidando a confiança na escolha feita pelo presidente Lula (PT). Ele será o sucessor de Roberto Campos Neto, que deixará o mandando em dezembro de 2024, assumindo oficialmente a função em 2025.

Sabatina e aprovação de Gabriel Galípolo na CAE

Antes de ser aprovado em plenário, Gabriel Galípolo passou por uma sabatina de quatro horas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde teve apoio unânime, com 26 votos a favor. Durante a sessão, ele respondeu a questionamentos sobre sua independência em relação ao governo Lula, o combate à inflação e sua interação com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Gabriel Galípolo garantiu aos senadores que teria autonomia total: “Em todas as vezes que conversei com o presidente Lula, ele sempre assegurou minha total liberdade na tomada de decisões“, afirmou. A declaração teve como objetivo tranquilizar aqueles que temiam uma interferência do Executivo nas políticas monetárias.

Os desafios à frente do Banco Central do Brasil

Um dos principais desafios do Gabriel Galípolo será a condução da taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano. Essa taxa afeta diretamente o custo do crédito, influenciando a atividade econômica. O Banco Central tem como objetivo garantir a estabilidade financeira e controlar a inflação. Atualmente, a inflação está próximo de 4,5%, no limite da meta estipulada pela instituição.

Gabriel Galípolo destacou a importância de uma agenda econômica que promova o crescimento sustentável, mencionando que o Brasil tem uma “oportunidade histórica” ​​de se consolidar como um exemplo global na erradicação da pobreza e no aumento da produtividade. Contudo, ele reforçou que o Banco Central precisa manter o foco no controle da inflação para atingir esses objetivos.

Relação de Gabriel Galípolo com Roberto Campos Neto

Quando questionado sobre sua relação com o atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo afirmou que mantém um bom relacionamento com Roberto Campos Neto e com o presidente Lula. “Tenho uma relação muito harmoniosa com ambos. Não há motivos para polarizações“, declarou, afastando especulações sobre possíveis desentendimentos.

Embora o presidente Lula tenha criticado a gestão de Roberto Campos Neto, principalmente na condução dos juros, ele elogiou seu antecessor. O novo presidente expressou o desejo de melhorar o diálogo entre o Executivo e o Banco Central durante sua gestão.

Histórico de aprovação no Senado

Gabriel Galípolo recebeu apenas cinco votos contrários em sua aprovação, o menor número desde 2002. Mesmo em comparação com seu antecessor, Roberto Campos Neto, aprovado em 2019 com seis votos contrários, ele teve uma margem de aprovação superior. Isso mostra o apoio que o economista conseguiu entre os parlamentares, que o veem como uma figura técnica e qualificada para liderar o Banco Central.

Por fim, veja abaixo o histórico de aprovação dos últimos presidentes do BC:

  • Gabriel Galípolo (2024): 66 votos a favor, 5 contra
  • Roberto Campos Neto (2019): 55 votos a favor, 6 contra
  • Ilan Goldfajn (2016): 56 votos a favor, 13 contra
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