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IPCA de setembro: inflação oficial do Brasil atinge 0,44%

Em setembro de 2024, o IPCA, índice que mede a inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 0,44%, o maior aumento para o mês desde 2021. Esse crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento de 1,80% no grupo de Habitação, com destaque para a energia elétrica, que subiu 5,36%. A severa seca no país e a mudança na bandeira tarifária contribuíram para essa elevação, impactando diretamente o bolso das famílias brasileiras.
(Foto: Nataliya Vaitkevich/Pexels)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, considerado o principal medidor da inflação no Brasil, registrou uma alta de 0,44%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9). O aumento foi impulsionado principalmente pelo setor de habitação, que apresentou uma elevação de 1,80%. A alta nas tarifas de energia elétrica, que subiram 5,36% no período, devido à mudança na bandeira tarifária, contribuiu diretamente para esse resultado.

Impacto das Tarifas de Energia no IPCA de Setembro

A troca da bandeira tarifária para o patamar vermelho 1, como resultado da seca severa que atinge o país, gerou uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Esse fator teve um impacto significativo nos preços do setor de habitação, que por sua vez influenciou o índice geral de inflação. O IPCA, utilizado pelo IBGE como referência oficial para medir a inflação, serve como base para diversos ajustes econômicos e salariais no Brasil.

Diferença entre o IPCA e o INPC

Tanto o IPCA quanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) avaliam as variações de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias. A distinção entre os dois índices está no público-alvo: enquanto o IPCA engloba famílias com rendimentos mais altos, o INPC é focado em famílias que ganham entre um e cinco salários mínimos. Esses índices são fundamentais para ajustes econômicos e salariais, sendo baseados na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, que detalha os padrões de consumo dos lares brasileiros.

Reajustes Tarifários no Grupo Habitação no IPCA de Setembro

No grupo de habitação, alguns reajustes chamaram atenção no mês de setembro:

  • Taxa de água e esgoto: Reajuste de 0,08% no mês.
  • Gás de botijão: Aumento de 2,40%, pressionando ainda mais o orçamento doméstico.
  • Gás encanado: Pequena variação de 0,02%, após reajustes em cidades como Rio de Janeiro e Curitiba.

Esses reajustes afetam diretamente o poder de compra das famílias, impactando o orçamento em várias frentes essenciais, como habitação e alimentação.

Variações por Grupos: Comparativo Agosto e Setembro

GrupoVariação (%) AgostoVariação (%) SetembroImpacto (p.p.) AgostoImpacto (p.p.) Setembro
Índice Geral-0,020,44-0,020,44
Alimentação e bebidas-0,440,50-0,090,11
Habitação-0,511,80-0,080,27
Artigos de residência0,74-0,190,03-0,01
Vestuário0,390,180,020,01
Transportes0,000,140,000,03
Saúde e cuidados pessoais0,250,460,030,06
Despesas pessoais0,25-0,310,03-0,03
Educação0,730,050,040,00
Comunicação0,10-0,050,000,00

Preços de Alimentos Também Sobem

O setor de alimentação registrou uma alta de 0,50% em setembro, com destaque para a alimentação no domicílio, que subiu 0,56% após dois meses consecutivos de queda.

Principais altas:

  • Mamão: 10,34%
  • Laranja-pera: 10,02%
  • Café moído: 4,02%
  • Contrafilé: 3,79%

Principais quedas:

  • Cebola: -16,95%
  • Tomate: -6,58%
  • Batata inglesa: -6,56%

Essas variações nos preços de alimentos refletem diretamente no orçamento das famílias, mostrando a importância do monitoramento constante dos itens de primeira necessidade.

A inflação brasileira acumula alta de 4,42% nos últimos 12 meses, enquanto, em 2024, o aumento já é de 3,31%. O resultado de setembro, com avanço de 0,44%, ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado financeiro, que projetava uma alta de 0,46% para o mês, mas ainda é relevante para o IPCA Setembro.

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