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Resumo da semana: principais dados econômicos, fusões e resultados financeiros (14 a 18/out)

A semana de 14 a 18 de outubro trouxe atualizações importantes para investidores, com dados econômicos globais e resultados financeiros significativos. A OMC revisou suas previsões de crescimento do comércio, e o Banco Interamericano de Desenvolvimento anunciou apoio às reformas na Argentina. No Brasil, o Relatório Focus atualizou as expectativas para inflação e PIB. Empresas como Netflix e TSMC tiveram resultados impressionantes. Descubra como isso impacta o mercado!
(Foto de Pixabay/Pexels

A semana de 14 a 18 de outubro trouxe uma série de atualizações importantes para investidores, empresários e economistas. Entre os destaques, estão dados econômicos globais, resultados financeiros de grandes empresas e importantes fusões e aquisições. Entre os principais dados econômicos, também houve relatórios de inflação e desemprego.

Acompanhe abaixo o resumo dos principais dados econômicos e outros movimentaram o mercado nesta semana:

Comércio Global e Apoio às Reformas Argentinas

A Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou suas previsões para o comércio global em 2024, ajustando o crescimento esperado para 2,7%. Esse ajuste reflete um cenário de incerteza devido às tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio. Para 2025, a previsão é de um crescimento de 3%, desde que esses conflitos sejam controlados. A OMC também reforçou a importância de uma cooperação internacional para mitigar os efeitos das tensões econômicas e comerciais que afetam diretamente o fluxo global de mercadorias.

Enquanto isso, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou seu apoio às reformas econômicas do governo argentino, liderado por Javier Milei. O presidente do BID, Ilan Goldfajn, ressaltou os avanços fiscais da Argentina. O governo conseguiu reverter um déficit primário de 2,9% do PIB em 2023 para um superávit de 1,5% até agosto de 2024. O BID também anunciou a liberação de mais de US$ 3,8 bilhões em créditos para o país até o final do ano. O objetivo é apoiar o crescimento econômico e a estabilização financeira da Argentina, que ainda enfrenta desafios sociais.

Revisão do Relatório Focus e Crescimento do PIB no Brasil

No Brasil, o Banco Central divulgou seu Relatório Focus, apresentando uma revisão nas expectativas para a economia em 2024. A inflação projetada subiu para 4,39%, enquanto para 2025 a expectativa é de 3,96%. Além disso, o relatório apontou ajustes na taxa Selic para os próximos anos, refletindo as pressões inflacionárias e a necessidade de controle da política monetária.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), também foi divulgado, mostrando um crescimento de 0,2% em agosto, após uma queda de 0,4% em julho. Esse resultado sugere que a economia brasileira está se recuperando mais rápido do que o esperado, especialmente após a maior queda desde maio de 2023. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo pode revisar novamente a projeção do PIB para 2024, sinalizando um possível ajuste para cima, dependendo da evolução dos próximos indicadores.

Impactos Econômicos Globais e Desafios para Países de Baixa Renda

Em termos globais, os países mais pobres do mundo continuam enfrentando desafios relevantes. O Banco Mundial alertou que 26 nações, que abrigam cerca de 40% da população em extrema pobreza, estão altamente expostas a desastres naturais e choques econômicos externos. A dívida média desses países atingiu 72% do PIB, o maior nível em 18 anos, colocando muitos deles em risco de uma crise de endividamento. O relatório destacou os principais dados econômicos que a maioria desses países depende de financiamento externo, especialmente de instituições como a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), que oferece empréstimos a juros baixos e doações.

Na Europa, a produção industrial da zona do euro registrou um crescimento de 1,8% em agosto, superando a queda de 0,5% no mês anterior. Apesar desse crescimento, a comparação anual mostrou um aumento modesto de 0,1% em relação a 2023, o que indica que o setor industrial europeu ainda enfrenta dificuldades de recuperação sustentada. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego nos países da OCDE caiu para 4,9%, o menor nível desde abril de 2022.

Inflação no Brasil e nos EUA: impactos e expectativas

A inflação no Brasil, medida pelo Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, mostrou um aumento em todas as faixas de renda em setembro, em comparação com agosto. Para as famílias de renda muito baixa, a inflação passou de -0,19% em agosto para 0,58% em setembro. Já as famílias de renda mais alta viram uma alta de 0,13% para 0,33% no mesmo período. Esses números revelam que a inflação continua sendo uma preocupação para todas as classes sociais, com um impacto mais severo para as famílias de baixa renda.

Nos Estados Unidos, as expectativas para a inflação também mostraram sinais mistos. Enquanto a inflação para o horizonte de um ano permaneceu estável em 3%, as expectativas para três e cinco anos aumentaram, de 2,5% para 2,7% e de 2,8% para 2,9%, respectivamente. Isso sugere que, apesar dos esforços do Federal Reserve para controlar a inflação, há um pessimismo crescente sobre a capacidade de manter os preços sob controle no longo prazo.

Resultados financeiros: empresas de destaque

Entre as empresas que divulgaram seus resultados, a Netflix foi um dos grandes destaques, conquistando mais de 5 milhões de novos assinantes no terceiro trimestre de 2024. As vendas da empresa cresceram 15%, atingindo US$ 9,83 bilhões, superando as expectativas de Wall Street. A American Express também registrou um desempenho sólido, com um lucro líquido de US$ 2,51 bilhões, um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Procter & Gamble (P&G) registrou uma queda de 12% nos lucros, alcançando US$ 3,95 bilhões no primeiro trimestre fiscal. Esse resultado reflete os desafios que a empresa vem enfrentando no cenário econômico atual. Já a LVMH, líder no setor de luxo, também enfrentou dificuldades. O faturamento do terceiro trimestre de 2024 caiu 4,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, somando 19 bilhões de euros. Essas quedas demonstram o impacto das condições econômicas adversas nas grandes empresas.

Já a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), maior fabricante de chips do mundo, apresentou um crescimento expressivo de 54% no lucro trimestral, impulsionado pela demanda crescente por soluções de inteligência artificial (IA). A empresa, que fornece componentes para grandes players como Apple e Nvidia, se beneficiou do aumento na procura por chips voltados para IA, alcançando um lucro líquido de US$ 10,11 bilhões no terceiro trimestre.

Fusões e aquisições: expansões no setor Hoteleiro e de autopeças

O setor de fusões e aquisições também movimentou o mercado na última semana. O BTG Pactual se destacou ao adquirir 18 ativos imobiliários, incluindo os renomados hotéis Fairmont Copacabana e Sofitel Ipanema, por R$ 1,7 bilhão. Com essa transação, o banco reforça sua posição como um dos maiores players do setor hoteleiro no Brasil.

No setor de autopeças, a Randoncorp anunciou a aquisição da fabricante britânica European Braking Systems (EBS) por aproximadamente R$ 410 milhões. A transação, realizada por meio da unidade Master Freios, permitirá à Randon expandir sua atuação no mercado europeu e diversificar suas receitas.

Outra importante fusão ocorreu no setor contábil, com a união entre os grupos ADCCONT e FOCUS. A fusão resultará em um faturamento combinado de R$ 53 milhões em 2024, com projeções de ultrapassar R$ 60 milhões em 2025. Esse movimento consolida as duas empresas como um dos maiores players do setor contábil da América Latina.

Estoques de Petróleo e desempenho do Ibovespa

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram em 2,191 milhões de barris na semana encerrada em 11 de outubro, surpreendendo o mercado, que esperava um aumento. Esse declínio nos estoques impactou diretamente os preços do petróleo e as ações de empresas do setor, como a Petrobras, que fechou a semana em queda.

No Brasil, o Ibovespa encerrou a semana com uma leve baixa de 0,22%, aos 130.499 pontos. O índice foi pressionado pela queda das ações de grandes empresas como Vale e Petrobras, além da alta nos juros futuros mais longos.

Análise final dos principais dados econômicos e empresariais

A semana foi marcada por resultados financeiros mistos e fusões estratégicas em setores importantes.

“Os dados econômicos globais continuam a mostrar um cenário de incerteza, enquanto empresas e investidores se ajustam às novas realidades do mercado. Acompanhar de perto os principais dados econômicos e outras movimentações é essencial para entender as tendências e oportunidades que surgem para o futuro”, destacou Geldo Machado, presidente do Sinfac (CE. PI. MA. RN).

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