O conselho de administração da Hypera (HYPE3) rejeitou a proposta de fusão feita pela EMS, decisão comunicada ao mercado na quarta-feira (24/10). A operação despertava grande interesse dos investidores do setor farmacêutico, principalmente por envolver duas gigantes. É importante ressaltar que a Hypera recusou proposta da EMS devido a razões estratégicas.
Veja os motivos que a Hypera recusou proposta da EMS
A proposta da EMS, submetida em 21 de outubro, foi avaliada pela Hypera e recusada por diversos motivos. O portfólio da EMS, fortemente concentrado em medicamentos genéricos, não se alinha com as prioridades estratégicas da Hypera. Enquanto a Hypera busca expandir sua atuação para outras áreas do mercado farmacêutico, a EMS mantém um foco predominante nos genéricos, criando dificuldades para sinergias eficazes.
Outro ponto crítico foi a diferença de cultura corporativa e governança. A Hypera, sendo uma empresa de capital aberto desde 2008, adota práticas de mercado mais amplas, enquanto a EMS permanece uma companhia familiar de capital fechado. Essa divergência nas estruturas organizacionais foi considerada um obstáculo relevante para uma fusão harmoniosa.
Avaliação da proposta e impacto no mercado
Além da falta de sinergia nos portfólios e da incompatibilidade cultural, a Hypera avaliou que a oferta financeira da EMS subestimava o valor da empresa. A administração entendeu que a proposta não refletia o real potencial da Hypera no mercado, pesando ainda mais na decisão de recusa.
Outro fator de desconforto foi o momento da divulgação da proposta ao mercado, enquanto o pregão ainda estava em andamento, o que gerou questionamentos sobre transparência e conformidade com as normas do mercado. Apesar disso, a Hypera reafirmou seu compromisso com a otimização de capital de giro, conforme estratégia anunciada em 18 de outubro.
O que esperar daqui para frente?
A recusa da Hypera demonstra seu foco em seguir caminhos que estejam totalmente alinhados com seus objetivos de longo prazo, sempre priorizando os interesses de seus acionistas e mantendo-se em conformidade com as regulamentações do mercado.