Após atingir a marca de R$ 5,90 na última sessão (sexta-feira, véspera de feriado), o dólar recuou mais de 1% frente ao real nesta segunda-feira (4/11), caindo para abaixo de R$ 5,80. A queda do dólar veio após o governo Lula sinalizar que medidas de contenção de gastos devem ser anunciadas nesta semana, enquanto, no cenário internacional, a moeda norte-americana também enfraquecia na véspera das eleições presidenciais nos EUA.
Pela manhã, o dólar apresentava forte queda em relação ao real, mas também revertendo os ganhos expressivos da sessão anterior, quando a moeda encerrou no maior valor dos últimos quatro anos e meio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que as medidas de contenção de despesas públicas estão tecnicamente “muito avançadas” e disse estar confiante de que serão anunciadas nesta semana.
Qual a cotação do dólar de hoje após a queda?
O dólar à vista encerrou o dia com uma queda de 1,48%, cotado a R$ 5,7833, após ter alcançado na sexta-feira o maior valor de fechamento desde 13 de maio de 2020. No acumulado do ano, entretanto, a moeda registra uma valorização de 19,20%.
Na B3, às 17h03, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo recuava 1,69%, sendo negociado a R$ 5,7930 na venda pós-queda.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,783
- Venda: 5,783
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,853
- Venda: 6,033
Entenda o movimento
O dólar abriu o dia em queda ante o real, com o cancelamento da viagem de Fernando Haddad à Europa para focar em temas domésticos, notícia que agradou ao mercado. Todavia, o otimismo aumentou quando Haddad mencionou que as medidas fiscais estão avançadas e que teria uma reunião com o presidente Lula.
Além disso, uma pesquisa nos EUA que favoreceu a candidata democrata Kamala Harris e o aumento no preço do minério de ferro e petróleo, importantes para as exportações brasileiras, contribuíram para a queda do dólar frente ao real. O Banco Central também realizou um leilão de swaps cambiais para rolagem de contratos.