A Azul (AZUL4) divulgou o balanço financeiro do terceiro trimestre de 2024, nesta quinta-feira (14). A empresa teve prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões. Esse valor representa uma redução de 76,3% em relação ao mesmo período de 2023, quando o prejuízo foi de R$ 856 milhões.
A companhia, que recentemente garantiu apoio de credores para reestruturação de dívidas e injeção de capital, atingiu um recorde de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), totalizando R$ 1,65 bilhão, com crescimento de 6% sobre o ano anterior e uma elevação na margem de 31,7% para 32,2%.
O balanço financeiro da Azul: desempenho operacional e receitas
No terceiro trimestre, a receita líquida da Azul alcançou R$ 5,1 bilhões, uma alta de 4,3% em relação a 2023. Ao mesmo tempo, os custos e despesas operacionais subiram 3,8%, totalizando R$ 4,1 bilhões. O rendimento, que indica o preço médio, teve queda de 0,3%, enquanto o número de passageiros transportados aumentou 3,8%.
A divulgação dos resultados aconteceu um dia após a rival Gol (GOLL4), em recuperação judicial nos Estados Unidos, anunciar uma redução de 36% no prejuízo líquido, encerrando o período com R$ 830 milhões de perdas.
Expectativas e investimentos para 2024
Para o próximo ano, a Azul projeta alcançar cerca de R$ 800 milhões em capital de giro, com investimentos previstos de R$ 1,7 bilhão e um fluxo de caixa recorrente de R$ 2,3 bilhões. Com esse valor, a empresa planeja expandir sua capacidade em aproximadamente 6%, ajustando a expectativa inicial de 7% para este ano.
“O ajuste no crescimento da capacidade anual é resultado principalmente da redução na nossa capacidade doméstica, devido às enchentes no Rio Grande do Sul, além de uma redução temporária na capacidade internacional no primeiro semestre e atrasos na entrega de novas aeronaves pelos fabricantes”, comunicou a Azul ao mercado.
Balanço financeiro da Azul: controle de alavancagem e perspectivas futuras
Em setembro, a alavancagem financeira da Azul foi de 4,4 vezes, uma redução leve em relação aos 4,5 registrados em junho, porém ainda acima dos 4 registrados há um ano. Por fim, a empresa informou também que, com possíveis novos acordos de negociação com parceiros comerciais, a alavancagem ajustada poderia chegar a 3,4 vezes.