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PIB de São Paulo respondeu por 31% da economia brasileira, segundo Censo 2022

São Paulo lidera com 31% do PIB nacional; Sudeste concentra 53,3% da economia do Brasil.
Pessoas no comércio de São Paulo, estado corresponde a quase 1/3 do PIB do Brasil
(Imagem: Tomaz Silva / Agência Brasil)

O Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), continua a liderar a economia nacional. Em 2022, o estado foi responsável por 31% do PIB do Brasil, mantendo-se como a unidade federativa com maior participação na economia entre as 27 do país.

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (14), faz parte do Sistema de Contas Regionais de 2022 e resulta da colaboração entre órgãos de estatística estaduais, secretarias estaduais de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

Sudeste concentra maior participação econômica

Com São Paulo na liderança, a região Sudeste concentra 53,3% do PIB brasileiro. Além de São Paulo, a região conta com o Rio de Janeiro e Minas Gerais, que possuem participação de 11,4% e 9%, respectivamente. Esses três estados se destacam como os maiores contribuintes individuais para o PIB, refletindo a diversificação e o vigor de suas atividades econômicas.

Apesar da estabilidade da participação econômica no Sudeste, o Centro-Oeste registrou o maior crescimento regional, com um avanço de 5,9% em 2022. Em contraste, a região Sul permaneceu praticamente estável, com um crescimento modesto de 0,1%.

Agricultura e pecuária impulsionam economias regionais

Em 2022, o setor agropecuário desempenhou um papel fundamental no crescimento econômico de diversos estados. Roraima, por exemplo, registrou um aumento de 11,3% no PIB, seguido de Mato Grosso, que cresceu 10,4%. Estados como Piauí e Tocantins também tiveram avanços expressivos, influenciados pela produção agrícola. De acordo com o IBGE, o cultivo de soja e outras atividades agrícolas foram essenciais para essas economias, mesmo com o recuo de 1,7% na média nacional do setor agropecuário.

“O desempenho da agropecuária foi crucial para o crescimento desses estados, com destaque para a produção de soja”, afirmou Alessandra Poça, gerente de Contas Regionais do IBGE. Ela acrescentou que no Sul, a contribuição do setor foi reduzida pela queda de 2,6% do PIB do Rio Grande do Sul, devido a condições climáticas adversas que afetaram a colheita.

Desempenho dos estados: avanços e retrações

Embora a maior parte dos estados tenha registrado crescimento em 2022, alguns enfrentaram retração: o Rio Grande do Sul (-2,6%), o Espírito Santo (-1,7%) e o Pará (-0,7%). No cenário geral, o PIB do Brasil cresceu 3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 10,1 trilhões.

Entre as regiões, o Norte e o Centro-Oeste apresentaram crescimento econômico robusto, impulsionados pela expansão da agricultura e da pecuária. O Nordeste também registrou aumento, com destaque para o Piauí, Paraíba e Bahia, enquanto o Sudeste, mesmo com a queda no Espírito Santo, teve um crescimento geral de 3,4%.

Alessandra Poça, gerente do IBGE, destacou que “alguns estados do Centro-Oeste cresceram nos últimos anos, impulsionados pela produção agrícola”. Ela explicou ainda que o ano de 2021 será adotado como nova base para as atualizações do Sistema de Contas Regionais, que atualmente utiliza 2010 como ano-base.

Evolução do PIB das regiões ao longo dos anos

O Sudeste historicamente concentra a maior parte do PIB brasileiro, mas nas últimas duas décadas sua participação diminuiu de 57,4% para 53,3% em 2022, com uma leve redução nas contribuições de São Paulo e Rio de Janeiro. Em contrapartida, o Centro-Oeste ampliou sua participação, passando de 8,6% para 10,6%, liderado pelo crescimento de Mato Grosso.

Essas mudanças mostram uma maior diversidade econômica no Brasil, com algumas regiões ganhando relevância em setores de rápido crescimento, como o agronegócio. Ainda assim, o Sudeste mantém seu papel de líder econômico, reforçando sua posição de principal polo nacional.

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