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Risco fiscal é a maior ameaça à estabilidade, defendem bancos

O risco fiscal, identificado como o maior desafio à estabilidade financeira nos próximos três anos, foi apontado por 42% das instituições financeiras na pesquisa do Banco Central. O aumento dos gastos públicos é o principal fator de preocupação.
Fachada da entrada da sede do Banco Central, que se debruça sobre o risco fiscal
Brasília (DF), 26/10/2023, Prédio do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O principal risco para a estabilidade financeira nos próximos três anos é o possível descontrole das contas públicas, com o aumento de gastos do governo. Essa informação foi revelada pelas instituições financeiras entrevistadas pelo Banco Central (BC) na Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF), divulgada trimestralmente. O risco fiscal foi apontado por 42% das instituições, mantendo-se estável em relação à pesquisa anterior, de agosto, quando foi citado por 41%.

Por que o risco fiscal preocupa?

Além do risco fiscal, as instituições destacaram preocupações com a sustentabilidade da dívida pública, o arcabouço fiscal e seus efeitos sobre os preços de ativos e a política monetária. Em segundo lugar, os riscos internacionais tiveram menções de 27% das instituições, com aumento de 4% em relação à pesquisa anterior. As preocupações incluem as eleições nos EUA, os conflitos geopolíticos, a desaceleração da economia chinesa e os impactos da política monetária americana.

O risco de inadimplência e da atividade econômica interna ficou em terceiro lugar sobre o impacto fiscal, citado por 12% dos respondentes. Embora esse risco tenha impacto médio sobre o sistema financeiro, as instituições indicaram um aumento na probabilidade de sua ocorrência, refletindo a alavancagem crescente de dívidas e a inadimplência de famílias e empresas.

Em contrapartida, a visão sobre o ciclo econômico se tornou mais positiva, com um aumento das instituições que veem a economia em expansão. O índice de confiança no Sistema Financeiro Nacional também se manteve elevado, com ligeiro aumento. Um ponto a favor do risco fiscal. A pesquisa se deu entre 21 de outubro e 8 de novembro, com 89 instituições financeiras.

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