O faturamento do Natal 2024 deve alcançar R$ 69,75 bilhões, um aumento real de 1,3% em relação ao ano passado. Mesmo com esse crescimento, o montante ainda fica abaixo dos R$ 73,74 bilhões registrados em 2019, antes da pandemia. Além disso, o varejo prevê a contratação de 98,1 mil trabalhadores temporários, número inferior ao do Natal anterior. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Crescimento concentrado em supermercados e vestuário
Os super e hipermercados continuam sendo os principais responsáveis pelo faturamento no período, respondendo por 45% da receita total. Em seguida, estão as lojas de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8%, e os estabelecimentos de artigos pessoais e domésticos, que representam 11,7%.
“Os alimentos para a ceia e os presentes típicos do período, como roupas e acessórios, são os grandes motores das vendas de fim de ano”, comenta Fabio Bentes, economista da CNC.
Cenário favorável para o consumo no Natal
Com a menor taxa de desemprego em mais de uma década (6,4%) e um crescimento real de 7% na massa salarial, o Natal 2024 traz perspectivas positivas. A combinação desses fatores deve ajudar o varejo a alcançar um resultado melhor do que o ano anterior.
Inflação afeta preços de produtos natalinos
O aumento médio de 5,8% nos preços de itens tradicionais de Natal, conforme o IPCA-15, pode impactar o poder de compra dos consumidores. Entre os produtos mais afetados estão alimentos (alta de 8,3%) e produtos de beleza (9,5%). Por outro lado, itens como bicicletas (-6,2%) e brinquedos (-3,5%) devem aliviar os gastos em algumas categorias de presentes.
Sudeste tem liderança nas vendas de Natal
Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro devem concentrar mais da metade do faturamento previsto, com destaque para São Paulo, que movimentará R$ 20,96 bilhões. Paraná e Bahia se destacam com os maiores crescimentos percentuais nas vendas, de 5,1% e 3,6%, respectivamente.
Contratações temporárias em queda
O número de trabalhadores temporários no Natal deste ano será menor: 98,1 mil contratações, contra mais de 100 mil no ano passado. Por fim, Fabio Bentes explica que o crescimento do quadro efetivo ao longo de 2024, com 240 mil novas vagas criadas, reduziu a dependência por contratações temporárias.
“Para 2025, a expectativa é que cerca de 8 mil desses temporários sejam efetivados, o que pode trazer um impacto positivo para o mercado de trabalho no futuro”, ressalta o economista.









