O valor do Bitcoin se manteve acima dos US$ 100.000 no fim de semana, após retomar esse patamar na sexta-feira (6), impulsionado pelas nomeações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para seu governo. Portanto, no mercado cresce a expectativa de que sua administração trará regulamentações mais favoráveis às criptomoedas.
Qual o valor do bitcoin?
Neste domingo (8), por volta das 10h15 (horário de Brasília), o valor do Bitcoin registrava uma alta de 0,68% nas últimas 24 horas. A cotação era de US$ 100.126,40, enquanto o Ethereum recuava 0,46%, aos US$ 3.992,10, conforme dados do CoinMarketCap.
Trump nomeou o investidor de venture capital David O. Sacks para o cargo de czar da Casa Branca de inteligência artificial e criptomoedas. Em comunicado, Trump destacou que Sacks atuará para aumentar a clareza regulatória no setor de criptoativos e fortalecer a competitividade dos EUA em criptos e IA.
“Ele protegerá a liberdade de expressão online e nos afastará do preconceito e da censura das Big Techs”, afirmou Trump em meio à alta do valor do Bitcoin.
Bitcoin é sustentável?
De acordo com o Julius Baer, os preços do valor do Bitcoin estão sustentados por fundamentos sólidos. A demanda spot por fundos negociados em bolsa (ETFs), as intenções de emissão de títulos de dívida corporativa e um ambiente regulatório mais favorável nos EUA são os principais impulsionadores da recuperação.
“As expectativas em relação às mudanças regulatórias começam a ganhar forma, com Trump seguindo o exemplo ao nomear sete altos funcionários experientes e favoráveis às criptos. Reafirmamos que, até 2025, o (valor do) Bitcoin enfrentará poucos obstáculos, com um possível erro político do Fed sendo um dos maiores riscos”, conclui.
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que, até o momento, os ativos baseados em criptomoedas não causaram grande impacto macroeconômico. Mas pode gerar um efeito riqueza. Durante sua participação no Simpósio Anual sobre a Perspectiva Econômica do Fed de Chicago, Goolsbee destacou que, com ativos especulativos e sem aplicação prática na economia real, é difícil observar um impacto significativo.