O mercado ilegal movimenta anualmente R$ 4,5 bilhões na região metropolitana do Rio de Janeiro, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (9) pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ). O valor do comércio ilegal no Rio de Janeiro supera em cerca de R$ 1 bilhão o total das compras realizadas durante as principais datas comemorativas, como Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, Black Friday e Páscoa.
Como funciona o comércio ilegal no Rio de Janeiro?
A pesquisa, realizada com 981 consumidores nos dias 13, 14, 21 e 22 de novembro, foi apresentada na última reunião do Conselho de Combate ao Mercado Ilegal da Fecomércio RJ. O estudo revelou que 55,2% dos entrevistados já compraram produtos no mercado informal, ao menos uma vez. O gasto médio mensal com essas compras é de R$ 129, resultando em uma estimativa de movimentação financeira mensal de R$ 376,7 milhões. Isso mostra a força do comércio ilegal no Rio de Janeiro.
Embora 67,9% dos consumidores reconheçam que a compra de produtos informais prejudica a economia do estado, os impactos vão além do aspecto econômico. Para 64% dos entrevistados, a prática contribui para o aumento da criminalidade e da violência.
Entre as possíveis soluções para combater a pirataria, os consumidores apontam emprego, educação, redução da carga tributária e combate ao roubo de cargas. Uma pesquisa anterior revelou que 49,1% dos empresários do comércio no Centro do Rio consideram o roubo de cargas um fator negativo para seus negócios. Em 2023, esse percentual era de 42,1%.
Medidas para estimular o mercado legal no RJ
Com o objetivo de impulsionar o crescimento dos negócios no setor no Rio de Janeiro, a Fecomércio RJ reúne 59 sindicatos patronais, além de líderes empresariais, especialistas e consultores.
A entidade representa mais de 286 mil estabelecimentos, responsáveis por dois terços da atividade econômica do estado e 70% dos empreendimentos. Esse conjunto gera mais de 1,8 milhão de empregos formais, correspondendo a 61% dos postos de trabalho no estado.