A inflação no Brasil deve ultrapassar o teto da meta prevista para este ano, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central. A projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi elevada de 4,71% para 4,84%. O índice mostra o impacto de fatores como seca, aumento de gastos públicos e ajustes na política fiscal.
A meta central de inflação para 2024 é de 3%, mas será considerada cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. Se o Banco Central não atingir a meta, ele enviará uma carta ao Ministério da Fazenda justificando o aumento.
Projeções para os próximos anos também preocupam
Além da inflação em 2024, as estimativas do relatório Focus para 2025 e 2026 também subiram. Para o próximo ano, o IPCA passou de 4,40% para 4,59%, enquanto a projeção para 2026 alcançou 4%.
Esses números indicam que a inflação pode continuar acima do intervalo permitido, mesmo com a meta reduzida para 3%. O Banco Central segue ajustando a taxa Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano, na tentativa de controlar os preços.
Impactos no poder de compra e no PIB
A inflação elevada reduz o poder de compra, especialmente das famílias de baixa renda. Isso ocorre porque os preços aumentam sem o acompanhamento das alterações.
Por outro lado, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 3,39% para 2024, após expansão acima do esperado no terceiro trimestre deste ano. Para 2025, o mercado projeta um crescimento menor, de 2%.
Outros indicadores econômicos do relatório Focus
O mercado financeiro também atualizou projeções para o dólar e a balança comercial. A moeda americana deve atingir R$ 5,95 em 2024, enquanto o saldo da balança comercial caiu para US$ 74 bilhões.
Esses números reforçam o cenário de incerteza econômica, com impactos em diversos setores.









