Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Inflação na Argentina cai para 2,4% em novembro

Inflação na Argentina registra 2,4% em novembro. As reformas econômicas impulsionaram a queda, mas os impactos sociais e econômicos permanecem críticos.
A inflação na Argentina caiu para 2,2% em janeiro, menor nível desde 2020. A política econômica de Milei impacta preços e gera expectativa sobre o futuro.
(Imagem: Pixabay)

A inflação na Argentina registrou uma desaceleração em novembro, fechando o mês com uma taxa de 2,4%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O dado representa uma redução em relação aos 2,7% de outubro, ou seja, uma diferença de 0,3 ponto percentual.

Inflação na Argentina: impacto setorial e acumulados anuais

No acumulado de 12 meses, a inflação atingiu 166%, uma forte queda comparada aos 193% registrados no mês anterior. Entre janeiro e novembro, o índice somou 112%. Setores como Educação (5,1%), Habitação e Energia (4,5%) e Bebidas Alcoólicas e Tabaco (4%) lideraram os aumentos. Transporte (3,4%) e Restaurantes e Hotéis (3,6%) também tiveram alta especial no período.

Reformas econômicas e seus reflexos

Desde dezembro de 2023, o presidente Javier Milei iniciou um programa de ajustes para equilibrar as finanças do país. As medidas incluem cortes de gastos públicos, suspensão de subsídios e paralisação de obras federais. Apesar de aumentarem os preços de serviços essenciais, essas ações possibilitaram o primeiro trimestre fiscal superávit desde 2008, colocando Javier Milei no caminho de tentar atingir o déficit zero até o final de 2024.

A inflação na Argentina, que em dezembro de 2023 era de 25,5%, caiu até atingir os 2,4% atuais. Especialistas apontam que a redução está vinculada à queda no consumo e ao controle da emissão de moeda. No entanto, os argentinos continuam enfrentando altos custos em serviços básicos e de alimentação.

Consequências sociais e econômicas

As reformas trouxeram impactos sociais. Dados do Indec revelam que 52,9% da população vive abaixo da linha da pobreza, o equivalente a 15,7 milhões de pessoas. O salário mínimo não acompanhou a inflação de três dígitos, agravando a precarização do poder de compra na Argentina.

No âmbito econômico, o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu retrações consecutivas: recuo de 5,1% no primeiro trimestre e de 1,7% no segundo trimestre de 2024, em comparação com os mesmos períodos de 2023. Esses números reforçam os desafios para retomar o crescimento econômico.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas