O Ibovespa avançou nesta quinta-feira (19), recuperando parte das perdas anteriores. O principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 0,34%, aos 121.187,91 pontos, impulsionado pelo progresso do pacote fiscal no Congresso. O movimento trouxe alívio à curva de juros e influenciou o câmbio, com o dólar à vista encerrando a R$ 6,1237, queda de 2,27%.
Recuperação do Ibovespa e impacto do pacote fiscal
O mercado financeiro respondeu positivamente à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara dos Deputados, que reduz despesas obrigatórias do governo. A medida segue agora para análise do Senado Federal. Caso aprovada, poderá trazer mais previsibilidade fiscal, um dos principais fatores para o desempenho positivo do Ibovespa.
Além disso, o Banco Central interveio no mercado de câmbio com dois leilões, injetando cerca de US$ 8 bilhões. Esse movimento ajudou a conter a disparada do dólar, que chegou a atingir R$ 6,30 durante a sessão, mas perdeu força no fechamento.
Declarações do Banco Central e mercado doméstico
Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, descartou a hipótese de ataque especulativo como justificativa para a recente volatilidade do dólar. O atual presidente, Roberto Campos Neto, atribuiu a alta da moeda a fatores sistêmicos, como remessas e pagamento de dividendos.
No mercado doméstico, investidores acompanharam o desempenho das ações cíclicas, que lideraram os ganhos com o alívio na curva de juros. Automob (AMOB3) disparou 40%, enquanto papéis ligados a commodities, como CSN (CSNA3) e Vale (VALE3), registraram quedas.
Impacto internacional no Ibovespa e no dólar
No cenário internacional, o crescimento de 3,1% do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre trouxe sinais de força econômica, enquanto o Federal Reserve indicou menor afrouxamento monetário em 2025.
Os índices de Wall Street refletiram a cautela: S&P 500 (-0,09%), Nasdaq (-0,10%) e Dow Jones (+0,04%).