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Por que o ESG é essencial para empresas privadas no Brasil? 

Globo terrestre envolto em plástico transparente, simbolizando a importância do ESG para empresas privadas na sustentabilidade global.
O cenário regulatório brasileiro está em plena evolução no que se refere ao ESG. (Foto: Nataliya Vaitkevich/Pexels)

Muitas empresas privadas no Brasil ainda podem pensar que as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) são preocupações restritas a grandes companhias de capital aberto. Essa ideia se fortalece ao observar que boa parte das discussões sobre ESG giram em torno de regulamentos voltados para grandes corporações. No entanto, a realidade é diferente. O ESG não apenas se tornou uma tendência global, mas também está se consolidando como um fator relevante para o sucesso das empresas privadas brasileiras. Hoje, investidores, clientes, fornecedores e a própria comunidade estão cobrando uma postura mais ativa dessas empresas em relação à sustentabilidade.

Cada vez mais, os órgãos reguladores no Brasil estão introduzindo exigências de ESG que afetam diretamente as empresas, independentemente de seu porte ou natureza. Esse movimento mostra que o ESG veio para ficar e que se tornar sustentável já não é uma escolha, mas uma necessidade para se manter competitivo no mercado. Entender como o ESG impacta empresas privadas no Brasil é o primeiro passo para alinhar sua estratégia empresarial.

Se uma empresa faz negócios com outras que possuem metas de sustentabilidade, é provável que os gestores tenham que fornecer informações que ajudem seus parceiros a atenderem a seus próprios objetivos. Um fator cada vez mais presente no Brasil é o crescente número de empresas que estão aderindo voluntariamente a programas de sustentabilidade. Para as empresas privadas inseridas em cadeias de fornecimento, a pressão para adotar práticas de ESG já começou.

Em especial, o controle das emissões de carbono está se tornando uma prioridade. A pegada de carbono de uma empresa não se limita apenas às suas próprias operações, mas também abrange as atividades de seus fornecedores. Isso significa que, se você puder fornecer dados precisos sobre suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), sua empresa terá mais chances de consolidar parcerias estratégicas. Além disso, práticas responsáveis em áreas como agricultura e manufatura estão sendo cada vez mais valorizadas. Empresas que se posicionam como fornecedoras éticas e responsáveis têm vantagens competitivas.

Mas o ESG não se resume apenas ao meio ambiente. Empresas brasileiras precisam gerenciar recursos naturais e práticas trabalhistas para evitar riscos à reputação. A transparência e a adoção de políticas éticas e sustentáveis são fatores decisivos para criar confiança e manter bons relacionamentos comerciais.

O cenário regulatório brasileiro está em plena evolução no que se refere ao ESG para empresas privadas. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já exige que empresas de capital aberto apresentem relatórios de sustentabilidade. Embora empresas privadas ainda não estejam formalmente incluídas nesse grupo, ficar atento às novas normas é crucial para não ser pego de surpresa por futuras exigências. Com o Brasil desempenhando um papel importante em discussões globais sobre meio ambiente, é possível que novas regulamentações mais rígidas sejam introduzidas em breve.

Empresas brasileiras que fazem ou pretendem fazer negócios com o exterior também precisam considerar as regulamentações internacionais, como a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) da União Europeia. Se sua empresa tem operações no mercado europeu, a conformidade com essas regras será essencial para continuar operando.

Os fundos de investimento no Brasil estão cada vez mais interessados em empresas que demonstram uma sólida governança ambiental e social. Isso significa que, ao buscar capital, sua empresa pode se deparar com a necessidade de fornecer informações ESG para empresas privadas de forma detalhadas.

Incorporar ESG não é apenas uma questão regulatória, mas também uma maneira eficaz de gerar valor. Empresas que adotam ESG reduzem custos, atraem talentos e fortalecem laços com clientes e investidores. No Brasil, onde questões ambientais e sociais são destaque, empresas líderes em ESG possuem vantagem competitiva e se posicionam como referência no mercado.

Para empresas privadas, o ESG já é um componente vital do ambiente de negócios. Os líderes financeiros precisam agir rapidamente para alinhar suas operações a essas exigências e implementar processos sólidos de governança para relatórios confiáveis.

*Opinião – Artigo Por Caio Pimenta, gerente sênior de ESG da RSM.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal.

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