As GovTechs, startups voltadas para soluções tecnológicas no setor público, têm ganhado cada vez mais relevância no Brasil. De acordo com um estudo do Observatório Sebrae Startups, 39% dessas empresas estão concentradas no Nordeste, consolidando a região como líder no segmento.
Quais regiões possuem mais startups do setor público?
O Sudeste ocupa a segunda posição, com 27%, seguido pelo Sul, com 16%, enquanto o Norte e o Centro-Oeste possuem, respectivamente, 10% e 8% das GovTechs. Entre os estados com maior número dessas startups para o setor público, destacam-se São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina, Piauí e Minas Gerais.
O estudo sobre startups para o setor público também revela informações interessantes sobre o perfil dessas empresas. Cerca de 19% das GovTechs têm menos de um ano de operação, enquanto 41,5% possuem entre um e dois anos de existência. Outras 37,5% foram fundadas entre três e cinco anos atrás, e 12% já acumulam mais de cinco anos de mercado, demonstrando a maturidade crescente do setor.
Áreas de atuação
Quando se trata de áreas de atuação das startups do setor público, educação (14%), saúde e bem-estar (13%) e impacto socioambiental (11%) lideram como os principais focos dessas startups. Do ponto de vista tecnológico, a maioria das soluções desenvolvidas está voltada para softwares (46%) e serviços (31%), enquanto outros 23% abrangem hardware, inteligência artificial e big data.
Dario Joffily, gerente do Sebrae Nacional, destaca que o levantamento é um marco para o ecossistema de inovação no Brasil. Segundo ele, “o estudo não apenas evidencia onde estão as principais iniciativas de inovação no setor público, mas também aponta tendências, desafios e oportunidades para colaborações estratégicas entre startups e governos”. O crescimento das GovTechs reflete o potencial de transformação digital no setor público e sua capacidade de atender demandas sociais complexas com agilidade e inovação.