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Prestes a deixar presidência da Câmara, Lira dá recado final a Lula sobre crise das emendas

Arthur Lira alertou que, se o STF mantiver restrições às emendas, o Congresso pode aprovar uma PEC obrigando o Executivo a pagar todos os repasses. A medida, vista como extrema, tiraria poder do governo. A proposta poderá ser votada em 2025
Na imagem, Arthur Lira à esquerda ao lado de Lula. Crise das emendas gera reação no Congresso, que cogita resposta via PEC
Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Às vésperas de deixar a presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) fez um “alerta”, mas com tom de ameaça a aliados sobre as consequências de uma eventual disputa entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso em relação à crise das emendas parlamentares.

Qual a “ameaça” de Lira em relação à crise das emendas?

Ele afirmou que, caso o STF insista em interferir nos repasses (razão da crise das emendas), o Congresso poderá aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obrigue o Executivo a pagar todos os tipos de emendas. As informação é de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Essa PEC, vista como uma medida extrema até pelo próprio Lira, é considerada uma ameaça ao sistema presidencialista, tirando do Executivo sua principal ferramenta de articulação política. Na avaliação de aliados, a mudança comprometeria qualquer governo, independentemente de sua ideologia. A cogitação dessa iniciativa mostra a proporção que a crise das emendas gerou.

Origem do conflito

A crise das emendas teve início em agosto, quando o ministro Flávio Dino, do STF, bloqueou o pagamento das emendas, gerando tensões entre os poderes. Os repasses foram retomados em dezembro, após novas regras de transparência, mas parlamentares criticaram as restrições impostas.

Na última semana, a Câmara aprovou grande parte do pacote fiscal do governo Lula, sob a liderança de Lira. No entanto, uma tentativa de líderes do Centrão, liderada por Altineu Côrtes (PL), de votar a PEC das emendas impositivas falhou. A proposta, que já circula entre os líderes, poderá voltar à pauta em 2025, principalmente se a crise das emendas perdurar.

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