As ações da Honda Motor e da Nissan Motor dispararam nesta terça-feira, (24), após o anúncio de uma fusão estratégica entre as montadoras. No pregão da Bolsa de Tóquio, os papéis da Honda fecharam com alta de 12,2%, enquanto os da Nissan subiram 6%. Apesar do otimismo em torno das montadoras, o índice Nikkei recuou 0,32%, pressionado por perdas em ações de tecnologia e eletrônicos.
O que motivou a fusão da Honda e da Nissan?
Honda e Nissan oficializaram planos de unir suas operações até 2026, criando uma holding com valor de mercado superior a US$ 50 bilhões. Essa fusão é para enfrentar a concorrência de fabricantes chinesas e da Tesla, especialmente no mercado de veículos elétricos. A aliança busca otimizar custos, padronizar a produção e acelerar o desenvolvimento de tecnologias como eletrificação e softwares avançados.
Além disso, a Honda terá o controle estratégico ao nomear o presidente da nova empresa. Enquanto isso, a Nissan espera superar seus desafios financeiros e operacionais, incluindo dívidas elevadas e uma linha de produtos desatualizada. A Mitsubishi, controlada pela Nissan, também poderá integrar o grupo, com decisão prevista para janeiro de 2025.
Impacto no mercado automotivo global
Combinando forças, Honda e Nissan planejam vender mais de 7 milhões de veículos anualmente e empregar cerca de 325 mil pessoas. A nova holding planeja ter um lucro operacional inicial de 1 trilhão de ienes (US$ 6,4 bilhões), com projeções de triplicar esse valor em longo prazo. Essa união coloca as empresas em uma posição competitiva em relação a gigantes como Toyota e Volkswagen.
Por fim, Makoto Uchida, CEO da Nissan, destacou que a parceria com a Honda é um passo necessário para a sobrevivência e crescimento da empresa.
“Não estamos abandonando nossos esforços de recuperação, mas reconhecemos que uma aliança forte é essencial no cenário atual”, afirmou.