A farmacêutica brasileira EMS recebeu a autorização da Anvisa para produzir a versão brasileira do Ozempic, baseada na liraglutida, substância que ganha destaque por seus efeitos na redução de peso e no controle da diabetes tipo 2. Essa conquista coloca a EMS como pioneira no Brasil ao fabricar esse tipo de medicamento integralmente no país, desde a matéria-prima até o produto final, em sua unidade em Hortolândia (SP).
Os novos produtos da EMS, batizados de Olire e Lirux, visam tratar obesidade e diabetes tipo 2, respectivamente. Com o lançamento previsto para março de 2025, a empresa estima uma produção anual de 40 milhões de unidades, prometendo maior acessibilidade a um mercado até então dominado por medicamentos importados como Saxenda e Victoza.
O investimento e a tecnologia por trás da iniciativa da versão brasileira do Ozempic
Para viabilizar a produção, a EMS investiu mais de R$ 150 milhões na modernização e ampliação de sua fábrica. Essa instalação conta com tecnologia de ponta para sintetizar a liraglutida, destacando-se como um marco para a indústria farmacêutica nacional.
Carlos Sanchez, presidente do Conselho de Administração da EMS, reforçou o impacto da iniciativa:
“Estamos consolidando a liderança no mercado farmacêutico brasileiro, oferecendo produtos de alta qualidade e acessíveis.”
Liraglutida: como funciona no organismo
A liraglutida, similar à semaglutida do Ozempic, imita o GLP-1 para reduzir apetite e aumentar saciedade. Sua eficácia está ligada à resistência à enzima DPP4, responsável por neutralizar o hormônio natural rapidamente. Essa característica permite que o medicamento prolongue seus efeitos, sendo uma alternativa eficaz tanto para a perda de peso quanto para o controle glicêmico.
Especialistas alertam que o uso exige mudanças de hábito e acompanhamento médico para evitar reganho de peso.