A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Banco Central do Brasil (BC) explicações sobre a diferença na cotação do dólar registrada pelo Google em 25 de dezembro, feriado de Natal. Durante o dia, a plataforma indicava a moeda americana a R$ 6,38. O valor superior ao último fechamento oficial, de R$ 6,18, registrado em 23 de dezembro.
Ação da AGU frente à cotação do dólar
A AGU manifestou preocupação sobre a divulgação de informações financeiras não oficiais que podem gerar desinformação. O pedido enviado ao BC busca compreender se a cotação exibida pelo Google tem base em dados confiáveis ou se resulta de influência de mercados internacionais, já que o câmbio oficial (Ptax) não é definido em feriados.
Além de questionar a cotação local, o documento requer informações sobre valores praticados em outros países na mesma data e possíveis impactos no mercado nacional.
Google remove cotação e se posiciona
Após a atuação da AGU, o Google deixou de exibir a cotação controversa de R$ 6,38. Em nota, a empresa afirmou que os dados financeiros apresentados na plataforma são fornecidos por parceiros terceirizados e que trabalha para garantir a precisão das informações exibidas. Contudo, não comentou diretamente a iniciativa do governo.
Histórico de erros do Google com cotações
Este é o terceiro episódio recente envolvendo informações incorretas divulgadas pelo Google sobre o dólar. Em 16 de dezembro, por volta das 20h30, a plataforma apresentou uma cotação de R$ 6,15, valor que não foi alcançado nem para o dólar comercial, nem para o turismo.
Outro caso ocorreu em 6 de novembro, quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Na ocasião, o dólar atingiu uma máxima de R$ 5,86, mas o Google mostrou por horas uma cotação superior a R$ 6,10. O erro viralizou nas redes sociais e foi corrigido apenas na tarde daquele dia.
Impacto no combate à desinformação econômica
O advogado-geral da União, Jorge Messias, destacou a importância de combater a circulação de dados econômicos imprecisos, reforçando que o câmbio oficial no Brasil é baseado no Ptax definido pelo Banco Central. A atuação é para proteger a sociedade brasileira de informações que possam afetar decisões econômicas e financeiras.









