A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) do Brasil caiu levemente de 77,82% do PIB em outubro para 77,75% em novembro, uma redução de 0,07 ponto percentual, somando R$ 9,1 trilhões. O Banco Central divulgou os dados nesta segunda-feira (30/12). No entanto, apesar da dívida se manter na casa dos 77%, houve crescimento de gastos com juros da dívida pública.
Qual o valor do gastos com juros da dívida pública?
Os gastos com juros da dívida alcançaram R$ 918,2 bilhões no acumulado de 12 meses até novembro, o maior valor registrado na série histórica iniciada em 2002. Em comparação a outubro, quando eram R$ 869,3 bilhões, houve um aumento expressivo.
Variações ao longo do ano
A despeito do gasto com juros, houve redução mensal de 0,07 ponto percentual da dívida bruta, que se atribui a:
- Variação do PIB nominal: redução de 0,6 p.p.;
- Resgate líquido da dívida: redução de 0,3 p.p.;
- Evolução dos juros nominais apropriados: aumento de 0,7 p.p.;
- Efeito da desvalorização cambial: aumento de 0,2 p.p.
Já no acumulado de 2024, a dívida bruta aumentou 3,9 pontos percentuais, passando de 73,8% do PIB em 2023 para os atuais 77,75%. Sob o governo Lula, o crescimento acumulado foi de 6,1 pontos percentuais.
Os principais fatores do aumento em 2024 foram:
- Incorporação de juros nominais: alta de 6,9 p.p.;
- Emissão líquida de dívida: alta de 0,7 p.p.;
- Desvalorização cambial acumulada: alta de 0,9 p.p.;
- Reconhecimento de dívida: alta de 0,2 p.p.;
- Crescimento do PIB nominal: queda de 4,7 p.p.
Além dos gastos com juros, a DBGG inclui o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais, consolidando o panorama da dívida pública nacional.