Nesta terça-feira (31), o dólar registrou avanços frente a outras moedas globais, impulsionado pela baixa liquidez típica do período de festas. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra seis divisas fortes, acumulou alta de 7,06% em 2024, alcançando seu maior crescimento anual desde 2015.
No encerramento dos mercados em Nova York, o dólar era negociado a 157,33 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,0364 e a libra esterlina para US$ 1,2523. O índice DXY teve alta diária de 0,33%, marcando crescimento de 2,59% no mês e de 7,65% no trimestre.
Divergência de juros favorece o dólar
A força do dólar em 2024 foi amplamente atribuída à diferença entre as políticas monetárias do Federal Reserve (Fed) e de outros bancos centrais. Analistas do LMAX Group preveem que essa tendência continuará em 2025, com o Fed mantendo uma postura de juros mais restritiva.
Segundo Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote, o dólar alcançou o maior patamar dos últimos dois anos, refletindo a resiliência da economia americana, que cresceu mais de 3% no último trimestre.
Baixa liquidez e perspectivas para 2025
A proximidade do Ano Novo reduziu a liquidez nos mercados, o que limitou movimentos mais fortes. Essa situação deve persistir até a segunda semana de janeiro, segundo projeções de analistas.
No Japão, o Banco Central enfrenta desafios com a desvalorização do iene. Lee Hardman, do MUFG, sugere que o Banco do Japão (BoJ) pode acelerar o ritmo de altas de juros caso o iene continue perdendo valor em relação ao dólar.
Desempenho de moedas emergentes
Entre as moedas emergentes, o peso argentino foi o destaque de 2024, com valorização de 44,2% ajustada pela inflação, apesar da crise local. Em contraste, o real brasileiro apresentou o pior desempenho do ano.
No mercado oficial, cotaram o dólar a 1.031,1741 pesos argentinos, enquanto no mercado paralelo o valor alcançou 1.230,00 pesos, segundo o jornal Ámbito Financeiro.