As ações das companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) tiveram forte valorização nesta quinta-feira (9) após a divulgação de que suas controladoras estão avançando na assinatura de um memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) para discutir uma possível fusão das companhias aéreas. Os papéis da Azul subiram 0,95%, fechando a R$ 4,25, enquanto os da Gol dispararam 9,03%, encerrando o dia a R$ 1,69.
Acordo para fusão das companhias aéreas depende da recuperação judicial da Gol
Fontes do jornal Valor indicam que o acordo ainda depende de várias condicionantes, incluindo a recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos (Chapter 11), para viabilizar a combinação de negócios (fusão das companhias aéreas).
Consolidação no setor aéreo brasileiro
Segundo análise da Genial Investimentos, a fusão das companhias aéreas poderia consolidar o mercado de aviação brasileiro, criando uma companhia aérea de maior escala. Porém, a corretora alerta que os desafios regulatórios, operacionais e os balanços financeiros frágeis das empresas podem dificultar ou atrasar o processo.
Já o Bradesco BBI avalia que uma possível fusão das companhias aéreas poderia gerar sinergias ainda não refletidas na avaliação da Azul, oferecendo oportunidades de crescimento. Contudo, devido à situação delicada do setor, o acordo pode ser mais vantajoso para o vendedor, a Abra, do que para a Azul.
Apesar das incertezas e desafios inerentes ao negócio, o mercado reagiu positivamente à perspectiva de uma reestruturação no setor aéreo nacional, que enfrenta desafios financeiros e operacionais significativos.