O Banco Central confirmou nesta sexta-feira (10/01) o descumprimento da meta de inflação de 2024, que ficou em 4,83%, acima do teto de 4,5% estabelecido pelo regime de metas. Em carta aberta, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, apontou os principais fatores para o desvio, como a inflação importada, a desvalorização do real e a inércia inflacionária de 2023. Apesar de medidas como o aumento da taxa Selic para 12,25% ao ano, as pressões externas e domésticas contribuíram para o resultado.
Confira 3 motivos em especial para o não cumprimento da meta de inflação em 2024
Além de reconhecer, o Banco Central, por meio do seu novo presidente, procurou explicar por que a autoridade monetária do país não conseguiu cumprir a meta de inflação em 2024. Embora a economia seja algo por vezes complexo e com assuntos interligados, segue abaixo as 3 principais razões para o descumprimento da meta de inflação em 2024 na visão do BC.
- Alta do dólar
- Valorização das commodities (bens primários com cotação internacional)
- Aquecimento da economia
Projeções do Banco Central para o futuro
A instituição prevê que a inflação (assim como em 2024) deve permanecer acima do teto da meta até o terceiro trimestre de 2025. Porém, seguirá uma trajetória de queda. A partir deste ano, o Brasil adota um novo regime de metas contínuas, que exige justificativas caso a inflação acumulada em 12 meses permaneça fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos. O BC reforça o compromisso com a estabilidade econômica e medidas para alinhar expectativas.