Entre as 16 localidades analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para calcular o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sete capitais apresentaram inflação acima da média nacional.
O IPCA, considerado a inflação oficial do país, encerrou 2024 com alta de 4,83%, superando a meta do governo, que era de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Capitais no Nordeste com inflação alta
São Luís, no Maranhão, a capital que registrou o maior índice de inflação no ano passado, com 6,51%, 1,68 ponto percentual acima da média nacional. De acordo com analistas do IBGE, os principais fatores que pressionaram os preços na capital maranhense foram o aumento da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). Outras capitais também tiveram alta na inflação por esses itens.
Apesar da maior variação, o impacto da inflação de São Luís na média nacional é menor que o de outras capitais como São Paulo (5,01%), Belo Horizonte (5,96%) e Rio de Janeiro (4,69%). Isso se deve ao peso que cada localidade tem no cálculo geral do IPCA, que considera a variação de preços e a representatividade da região. São Paulo, por exemplo, responde por quase um terço (32,28%) do peso total, seguida por Belo Horizonte (9,69%) e Rio de Janeiro (9,43%).
Menor alta
Dentre as capitais, a região metropolitana de Porto Alegre teve a menor inflação em 2024, com alta de apenas 3,57%, influenciada pelas quedas nos preços da cebola (-42,47%), tomate (-38,58%) e passagens aéreas (-16,94%).
O IPCA mede o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços para medir a inflação acontece em 16 capitais: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Inflação das capitais em 2024
- São Luís: 6,51%
- Belo Horizonte: 5,96%
- Goiânia: 5,56%
- Campo Grande: 5,06%
- São Paulo: 5,01%
- Fortaleza: 4,92%
- Rio Branco: 4,91%
- Aracaju: 4,81%
- Belém: 4,70%
- Rio de Janeiro: 4,69%
- Salvador: 4,68%
- Curitiba: 4,43%
- Recife: 4,36%
- Vitória: 4,26%
- Brasília: 3,93%
- Porto Alegre: 3,57%