O dólar à vista fechou em queda de 0,84% nesta terça-feira (14), cotado a R$ 6,0466, refletindo o impacto de dados econômicos divulgados nos Estados Unidos e o cenário político internacional. No acumulado de janeiro, a moeda norte-americana já registra desvalorização de 2,14%.
No mercado futuro, o contrato de dólar para fevereiro teve uma queda 0,88%, encerrando o dia a R$ 6,0655. A movimentação acompanhou um otimismo cauteloso dos mercados emergentes, em meio à perspectiva de inflação mais controlada nos EUA.
Inflação moderada impulsiona moedas emergentes
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o Índice de Preços ao Produtor (PPI) subiu 0,2% em dezembro, resultado abaixo da expectativa de 0,3% dos economistas. Em 12 meses, o indicador acumulou alta de 3,3%, contra 3,0% no mês anterior.
Esses dados reforçam uma visão de desaceleração inflacionária, o que levou à queda dos rendimentos dos Treasuries e impulsionou moedas de mercados emergentes, como o real. Além disso, notícias de que o presidente eleito Donald Trump pode adotar medidas econômicas de forma gradual ajudaram a aliviar o pessimismo internacional.
BC realiza leilões de swaps e mercado interno opera leve
No Brasil, o Banco Central realizou um leilão de 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem de vencimentos em fevereiro de 2025, contribuindo para a estabilidade do mercado. Operadores apontaram ainda para o baixo volume de negociações, algo típico do início de ano, o que amplificou os efeitos das notícias externas sobre a cotação da moeda.
Queda do Dólar turismo e comercial
Confira as cotações no encerramento desta terça-feira:
Dólar comercial:
- Compra: R$ 6,046
- Venda: R$ 6,046
Dólar turismo:
- Compra: R$ 6,133
- Venda: R$ 6,313
Vídeo do canal Fernando Ulrich no YouTube.
Cenário global e perspectivas
No exterior, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas principais, recuou 0,13%, a 109,280. No Brasil, o dólar atingiu a mínima de R$ 6,0415 durante a tarde, reflexo direto das condições externas e da queda nas taxas de juros interbancárias no país.
A posse de Donald Trump está se aproximando, enquanto novos dados econômicos são aguardados nos próximos dias. O mercado deve permanecer atento às movimentações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Esses fatores têm potencial para influenciar diretamente a cotação da moeda norte-americana.