A WEG (WEGE3) alcançou um feito histórico ao superar a Vale (VALE3) e conquistar o posto de terceira maior empresa de capital aberto em valor de mercado no Ibovespa, a bolsa de valores do Brasil. Avaliada em R$ 223,4 bilhões, a fabricante de equipamentos elétricos e industriais ultrapassou os R$ 219,9 bilhões da gigante mineradora, marcando uma virada no mercado corporativo brasileiro. É uma disputa acirrada entre Weg e Vale.
Essa mudança reflete uma dinâmica que favorece empresas diversificadas e com forte presença global. Segundo Einar Rivero, consultor da Elos Ayta, a WEG soube aproveitar bem as oportunidades de expansão e inovação em um cenário econômico desafiador.
WEG e Vale: a ascensão de uma e o desafio de outra
A disputa entre WEG e Vale começou a se intensificar em dezembro de 2024, quando as duas empresas alternaram posições no ranking. Em janeiro de 2025, a WEG consolidou sua liderança, reforçando sua relevância no setor industrial e sua capacidade de inovar. Essa conquista não foi apenas simbólica, mas também estratégica para o mercado.
No mesmo período, a Petrobras (PETR4) manteve a liderança, com um valor de mercado de R$ 506,7 bilhões, seguida pelo Itaú Unibanco (ITUB4), avaliado em R$ 284,5 bilhões. O avanço da WEG destaca como sua diversificação em mercados internacionais e setores estratégicos é uma vantagem competitiva.
Por que a WEG cresceu em valor de mercado e a Vale recuou?
A performance das ações explica boa parte dessa mudança. Em 2024, as ações da WEG subiram 45,53%, impulsionadas por sua atuação em mercados internacionais e a expansão em áreas como automação industrial e energia renovável. Já a Vale viu suas ações caírem 22,8%, impactada pela queda no mercado de commodities e pela menor demanda global, especialmente da China.
Em 2025, os números continuaram mostrando a força da WEG, que contruiram para o valor de mercado da empresa. Nos primeiros pregões do ano, as ações da fabricante subiram 0,91%, enquanto as da Vale recuaram 5,57%.
“A WEG é uma empresa que alia gestão conservadora e visão de longo prazo, o que garante confiança dos investidores mesmo em momentos de instabilidade”, afirma Einar Rivero.
Diversificação e inovação como pilares do sucesso
A diversificação internacional é um dos grandes trunfos da WEG frente a Vale. Cerca de 60% de sua receita vem do mercado externo, e sua estrutura de custos, baseada em reais, permite que a empresa aproveite os benefícios das variações cambiais. Além disso, a empresa tem investido pesado em setores estratégicos como energia renovável, mobilidade elétrica e soluções tecnológicas para data centers.
Por outro lado, a Vale enfrenta desafios decorrentes da queda no preço do minério de ferro, que recuou 15% em 2024. Apesar disso, a mineradora ainda é uma boa escolha para investidores que buscam altos rendimentos por meio de dividendos. Bancos como Citi e BTG Pactual apontam que, mesmo com a queda nas ações, a Vale oferece um retorno interessante, embora as incertezas no mercado global limitem seu potencial de recuperação no curto prazo
Os desafios da WEG em 2025
Apesar do crescimento, a WEG também enfrenta desafios, diferente da Vale. A integração das operações adquiridas da Regal pode pressionar as margens no curto prazo. No entanto, analistas acreditam que a consolidação dessas operações deve trazer resultados positivos nos próximos anos, alinhando a nova estrutura aos níveis históricos de rentabilidade da empresa.
Outro ponto de destaque é o aumento nas exportações da WEG, que cresceram 18% em 2024, especialmente nos segmentos de motores industriais e automação. A expansão em mercados como Estados Unidos e Europa reforça o papel estratégico da empresa no cenário global.
Essa disputa entre a WEG e a Vale deve continuar para atrair mais investidores.









