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Azul e Gol assinam memorando para negociar fusão entre as aéreas

Gol e Azul iniciam negociações para fusão, que poderá concentrar 60% do mercado aéreo. A aprovação depende do fim da recuperação judicial da Gol nos EUA e de aval do Cade e Anac. Marcas serão mantidas, mas operações podem ser integradas para otimizar rotas
Imagem de uma aeronave da Gol. Fusão entre Gol e Azul se encaminha com assinatura de memorando
(Imagem: Aeroprints/Wikimedia Commons)

As companhias aéreas Azul e Gol assinaram nesta quarta-feira (15) um memorando de entendimento para iniciar negociações visando uma possível fusão. Se concretizada, a nova empresa concentrará cerca de 60% do mercado aéreo brasileiro.

O que falta para fusão entre Gol e Azul?

O memorando, divulgado ao mercado financeiro, estabelece que a fusão depende do término da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, previsto para abril. A estrutura de governança do novo grupo será composta por nove conselheiros: três da Azul, três da Abra (holding que controla a Gol e a Avianca) e três independentes. A presidência do conselho será indicada pela Abra, enquanto a Azul indicará o diretor-executivo. Assim, o atual CEO da Azul, John Rodgerson, deverá assumir a liderança da nova companhia após as aprovações do Cade e da Anac, previstas para 2026.

A nova empresa, decorrente da fusão entre Gol e Azul, terá a organização de uma “corporation”, sem um controlador definido, com a Abra como maior acionista. Os percentuais exatos de participação de cada companhia dependerão do término da renegociação das dívidas da Gol nos EUA.

Preservação das marcas

Apesar da fusão, haverá a manutenção da marcas Azul e Gol. Ambas poderão compartilhar aeronaves e integrar operações, otimizando a ligação entre grandes centros e destinos regionais. Não haverá novos investimentos financeiros, e a Azul continuará adquirindo aeronaves da Embraer e expandindo voos internacionais.

Um ponto crucial do acordo é que a alavancagem combinada das empresas não poderá ultrapassar a atual da Gol ao final de sua recuperação judicial. No terceiro trimestre, a Gol reportou alavancagem de 5,5 vezes e projeta reduzir o índice para 4,5 vezes até abril. Caso esse parâmetro não se alcance, a fusão não se concretizará.

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