O dólar fechou em baixa nesta segunda-feira (20), acompanhando a desvalorização global da moeda norte-americana após informações de que o novo governo de Donald Trump não implementará tarifas de importação de imediato. No Brasil, o Banco Central realizou leilões de dólares, contribuindo para o movimento de queda.
A moeda americana encerrou o dia com recuo de 0,38%, cotada a R$ 6,0420 no mercado à vista, acumulando desvalorização de 2,22% em janeiro. No mercado futuro, o dólar para fevereiro caiu 0,46%, negociado a R$ 6,0590 na B3.
Cotação do dólar hoje
Dólar comercial
- Compra: R$ 6,042
- Venda: R$ 6,042
Dólar turismo
- Compra: R$ 6,128
- Venda: R$ 6,308
Mercado reage a medidas do governo Donald Trump
A posse de Donald Trump gerou grande expectativa entre investidores, com a previsão de assinatura de mais de 100 decretos abordando temas como comércio, imigração e energia. No entanto, segundo informações do The Wall Street Journal, o governo não adotará novas tarifas imediatamente, reduzindo temores sobre impactos na inflação dos Estados Unidos.
Esse cenário favoreceu a queda do dólar, já que tarifas poderiam pressionar os preços no mercado norte-americano e levar o Federal Reserve a manter juros elevados. Com a notícia, a moeda perdeu força globalmente, beneficiando o real.
Atuação do Banco Central influencia mercado
Além do cenário externo, a atuação do Banco Central do Brasil teve impacto direto no câmbio. A instituição realizou dois leilões de linha, injetando US$ 2 bilhões no mercado. Essa foi a primeira grande intervenção sob a gestão de Gabriel Galípolo, novo presidente da autarquia.
Os detalhes das operações foram os seguintes:
- Leilão A: Oferta de US$ 1 bilhão, com recompra prevista para 4 de novembro de 2025.
- Leilão B: Oferta de US$ 1 bilhão, com recompra marcada para 2 de dezembro de 2025.
Além disso, o Banco Central anunciou um leilão de até 20.053 contratos de swap cambial, com o objetivo de rolar vencimentos previstos para fevereiro de 2025.
Próximos desdobramentos no radar
Embora o dólar tenha recuado neste pregão, a repercussão completa das primeiras ações de Donald Trump só será sentida na terça-feira (21), já que os mercados dos EUA permaneceram fechados devido ao feriado de Martin Luther King Jr.
O foco do mercado segue voltado para novos possíveis anúncios do governo norte-americano, além da postura do Banco Central do Brasil diante das oscilações cambiais.