Em 2024, o Brasil registrou números recordes com relações a pedidos de recuperações judiciais desde o início da série histórica do Serasa, que se iniciou no ano de 2005. Foram contabilizadas 2.273 solicitações ao longo do ano, representando um aumento de 61,8% em comparação aos 1.405 pedidos registrados em 2023.
Micro e pequenas empresas comandam os pedidos de recuperações judiciais
As micro e pequenas empresas lideraram as solicitações de recuperações judiciais, com 1.676 pedidos, um crescimento expressivo de 78,4% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 939 requerimentos. Em seguida, aparecem as empresas de médio porte, com 416 pedidos, e as grandes, com 181.
Segundo a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, apesar do cenário econômico aquecido em 2024, a alta taxa de juros impactou diretamente os negócios. “Para empresas que enfrentam inadimplência e não conseguem reverter essa situação, a recuperação judicial se torna uma alternativa para reorganização financeira e evitar a falência”, explicou sobre o recorde de recuperações judiciais.
Setores mais afetados por pedidos em 2024
O setor de serviços foi o mais afetado, registrando 928 pedidos de recuperação judicial no ano. O comércio teve 998 solicitações, enquanto a indústria contabilizou 347, o menor volume entre aqueles que solicitaram pedidos de recuperações judiciais entre os setores.
Já os pedidos de falência somaram 949 em 2024, uma queda de 3,5% em relação a 2023. As micro e pequenas empresas responderam por 578 desses requerimentos, seguidas pelas médias (189) e grandes (182).