Na noite de quarta-feira (29/01), a Petrobras anunciou o cancelamento de 155.468.500 ações preferenciais mantidas em tesouraria, mas sem reduzir o capital social. A decisão da petroleira, que contou com a aprovação do Conselho de Administração da companhia, se deu em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por meio de um fato relevante.
Cancelamento de ações preferenciais e ordinárias em tesouraria
Além do cancelamento das ações preferenciais, também houve a exclusão de 72.909 ações preferenciais e 222.760 ações ordinárias, adquiridas antes do último programa de recompra de ações da Petrobras. Com isso, o capital social da estatal passa a ser composto por 7.442.231.382 ações ordinárias (PETR3) e 5.446.501.379 ações preferenciais (PETR4), ambas com valorização na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).
A Petrobras anunciou que convocará uma Assembleia Geral para ajustar a quantidade de ações ordinárias e preferenciais em tesouraria, conforme o novo capital social da empresa.
O que justifica tal decisão?
O cancelamento das ações (ordinárias como preferenciais) em tesouraria da Petrobras visa otimizar a estrutura de capital e melhorar a distribuição de retornos aos acionistas. A redução no número de ações em circulação pode aumentar o lucro por ação (LPA), potencialmente valorizando os papéis da companhia.
No entanto, a aceitação do mercado dependerá da análise dos desafios enfrentados pela Petrobras, como variações nos preços do petróleo e mudanças na política de dividendos. A companhia estatal pode manter até 10% de suas ações em tesouraria. Todavia, essas ações não conferem em si direito a voto nem ao recebimento de dividendos.