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Dólar cai e fecha janeiro com grande desvalorização

Dólar fecha em queda no Brasil, acumulando desvalorização de 5,56% em janeiro. Incertezas sobre tarifas dos EUA influenciaram a cotação.
Dólar recua 0,38%, Euro sobe 0,33% e Bitcoin valoriza 1,68%. Confira as cotações do mercado financeiro desta quinta-feira.
(Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar encerrou esta sexta-feira (31) em queda, completando dez sessões consecutivas de desvalorização no Brasil. Durante o dia, a moeda chegou a tocar R$ 5,80, influenciada pela formação da taxa Ptax de fim de mês e pela incerteza em relação às tarifas comerciais que os Estados Unidos podem impor a México, Canadá e China.

Além disso, investidores analisaram indicadores econômicos norte-americanos, como o índice de preços de gastos com consumo (PCE), que veio conforme esperado, e o custo do emprego, que teve alta de 0,9%, abaixo da projeção de 1%.

Cotação do dólar hoje

No fechamento, o dólar à vista recuou 0,30%, sendo cotado a R$ 5,8355, o menor valor desde 26 de novembro de 2024, quando registrou R$ 5,8096.

Desde 17 de janeiro, a moeda não registra uma sessão de valorização no mercado brasileiro. No acumulado da semana, a queda foi de 1,40%, enquanto no mês de janeiro a desvalorização chegou a 5,56%.

O contrato de dólar para março na B3, que teve maior liquidez nesta sessão, caiu 0,57%, fechando a R$ 5,8705.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,835
  • Venda: R$ 5,835

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,907
  • Venda: R$ 6,087

O que influenciou o dólar hoje?

A moeda norte-americana iniciou o pregão em alta, refletindo preocupações sobre a possibilidade dos EUA aplicarem tarifas sobre importações do México e do Canadá. Esse cenário elevou a busca por proteção no dólar no início do dia.

Outro fator que trouxe instabilidade ao mercado foi a disputa pela Ptax, taxa calculada pelo Banco Central, que serve como referência para contratos futuros. No fim de cada mês, investidores buscam influenciar essa cotação para favorecer suas posições, tanto de compra quanto de venda.

Ao longo da manhã, o dólar atingiu a máxima de R$ 5,9030 (+0,85%) às 9h08, mas perdeu força e chegou à mínima de R$ 5,8014 (-0,88%) às 10h07, justamente durante um dos períodos em que o BC coleta preços para a definição da Ptax.

Impacto das tarifas comerciais dos EUA

A instabilidade do mercado aumentou após a publicação de uma notícia informando que as tarifas norte-americanas sobre México e Canadá seriam adiadas para 1º de março. Esse anúncio momentaneamente fortaleceu moedas emergentes, incluindo o real, derrubando o dólar para abaixo de R$ 5,82.

No entanto, horas depois, a Casa Branca desmentiu a informação e confirmou a aplicação das tarifas já em 1º de fevereiro, sendo 25% sobre Canadá e México e 10% sobre a China. A reação imediata foi um fortalecimento global do dólar, pressionando moedas como o real.

Mesmo assim, no Brasil, a moeda norte-americana manteve a tendência de queda e fechou a sessão em baixa.

Atuação do Banco Central

Pela manhã, o Banco Central brasileiro ofertou 15 mil contratos de swap cambial tradicional, parte da rolagem de vencimentos previstos para 5 de março de 2025. Essas operações ajudam a equilibrar o câmbio e reduzir a volatilidade dos preços da moeda.

Vídeo do canal Comunidade de Traders Rico no YouTube.

Dólar no mercado externo

O índice do dólar (DXY), que mede a performance da moeda frente a seis divisas globais, registrava alta de 0,25%, alcançando 108,360 pontos às 17h34. Com a continuidade das incertezas sobre as políticas comerciais dos EUA e os próximos passos do Federal Reserve, o mercado cambial deve seguir atento às próximas movimentações.

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