O Ibovespa encerrou janeiro com alta acumulada de 5,03%, marcando seu melhor desempenho mensal desde agosto de 2024. Apesar do avanço, o índice recuou 0,61% nesta sexta-feira (31), fechando aos 126.134,94 pontos.
A perda de ritmo ocorreu após declarações do governo dos Estados Unidos, que confirmou a aplicação de novas tarifas sobre importações do Canadá, China e México a partir deste sábado (1º). A notícia pressionou o mercado e afetou o humor dos investidores.
Já o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,8366, registrando sua 10ª queda consecutiva. No mês, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 5,56%, a mais expressiva desde junho de 2023.
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Mercado interno acompanha dados econômicos
No Brasil, investidores monitoraram os dados do mercado de trabalho. A taxa de desemprego no trimestre encerrado em dezembro foi de 6,2%, ligeiramente acima da projeção de 6,1% esperada por analistas.
Mesmo assim, o resultado anual ficou em 6,6%, o menor índice desde o início da série histórica em 2012. No ano anterior, a taxa média foi de 7,8%, o que reforça a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho.
Petrobras ajusta preço do diesel
O setor de energia teve um dia movimentado, com a Petrobras (PETR4; PETR3) anunciando um reajuste de 6% no preço do diesel, que passará a custar R$ 3,72 por litro para as distribuidoras a partir deste sábado (1º).
Este foi o primeiro aumento desde outubro de 2023, após um corte aplicado no final de dezembro. Segundo relatório do Itaú BBA, o ajuste reflete a estratégia comercial da estatal, que atua de forma independente das variações de curto prazo no mercado de petróleo e câmbio.
Desempenho das ações do Ibovespa: destaques positivos e negativos
Entre os papéis de maior peso no Ibovespa, Vale (VALE3) fechou em queda, sem referência do preço do minério de ferro na China, devido ao feriado do Ano Novo Chinês.
No lado positivo, Magazine Luiza (MGLU3) liderou os ganhos da semana, acumulando valorização superior a 17%. Já Totvs (TOTS3) e BTG Pactual (BPAC11) tiveram altas expressivas no pregão desta sexta-feira.
Por outro lado, Vibra Energia (VBBR3) sofreu a maior desvalorização do dia, caindo mais de 5%, após o Goldman Sachs reduzir a recomendação das ações para neutro e ajustar o preço-alvo de R$ 27,40 para R$ 19,50. Na semana, a Braskem (BRKM5) teve o pior desempenho, acumulando perdas de quase 5% nos últimos cinco pregões.
