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Cotação do dólar tem maior queda desde 2005 após alívio comercial; saiba como:

A cotação do dólar caiu pelo 14º dia seguido, com desvalorização de 0,34%, fechando a R$ 5,8159 após o adiamento de tarifas dos EUA.
A cotação do dólar caiu pelo 14º dia seguido, com desvalorização de 0,34%, fechando a R$ 5,8159 após o adiamento de tarifas dos EUA.
(Imagem: divulgação/Agência Brasil)

A cotação do dólar fechou em queda em relação ao real nesta segunda-feira (3), após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciar que os Estados Unidos postergaram em um mês a imposição da tarifa de 25% sobre produtos mexicanos. Essas tropas têm como objetivo intensificar o combate ao tráfico de drogas, com atenção especial ao fentanil, substância frequentemente destacada por Donald Trump como uma das principais ameaças aos EUA.

Como ficou a cotação do dólar?

O dólar à vista encerrou o dia com desvalorização de 0,34%, cotado a R$ 5,8159, atingindo o menor valor desde 26 de novembro do ano passado, quando estava em R$ 5,8096. A moeda americana acumula 14 pregões consecutivos de queda, a maior sequência desde abril de 2005.

Desde o início de 2025, o dólar registra uma queda de 5,88%. No mercado futuro, o dólar para março — o contrato mais negociado atualmente — recuava 0,57%, negociado a R$ 5,8425 por volta das 17h04 na B3.

Cotação do dólar: o que influenciou a queda desta segunda-feira?

O adiamento das tarifas americanas sobre o México foi o principal fator que influenciou o mercado cambial. No sábado, Donald Trump havia assinado uma ordem para aplicar tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá e de 10% sobre itens importados da China. Essa medida gerou preocupações de que o Brasil pudesse ser afetado por novas tarifas.

Antes do anúncio do adiamento, investidores buscavam proteção no dólar devido ao risco de uma escalada nas tensões comerciais. As tarifas, que deveriam entrar em vigor na terça-feira, afetariam US$ 1,3 trilhão em produtos, o equivalente a mais de 40% das importações americanas. No entanto, as negociações entre Donald Trump e os líderes do México reduziram a pressão sobre o câmbio.

Vídeo do canal Claudia Sheinbaum Pardo no YouTube.

Tarifas podem afetar economia global?

Segundo o Goldman Sachs, uma tarifa de 25% poderia aumentar o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA em 0,7% e reduzir o PIB americano em 0,4%. A tarifa de 10% sobre produtos canadenses teria impacto menor. O banco também prevê que uma tarifa de 20% sobre a China aumentaria o PCE em 0,3%.

Analistas destacam que essas medidas tarifárias podem prejudicar economias emergentes, como o Brasil. O fortalecimento do dólar, combinado com a possibilidade de uma desaceleração global, poderia afetar negativamente ativos brasileiros.

O que esperar para o Brasil?

No Brasil, o mercado também está atento às projeções de inflação. O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira indicou uma leve alta na expectativa do IPCA para 2025, que passou de 5,50% para 5,51%. Para 2026, a projeção subiu de 4,22% para 4,28%.

Apesar do aumento nas expectativas inflacionárias, o real tem se beneficiado do fluxo de capital estrangeiro, impulsionado pela perspectiva de que o Federal Reserve possa adiar novas altas nos juros dos EUA. Esse movimento ajuda a manter a moeda brasileira valorizada frente ao dólar.

Veja a cotação do dólar: 

Dólar comercial

Compra: R$ 5,815 | Venda: R$ 5,815

Dólar turismo

Compra: R$ 5,955 | Venda: R$ 6,135

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